A Microsoft define um Copilot+ PC como um «computador com um CPU que inclua uma unidade de processamento ueural capaz de chegar pelo menos aos 45 TOPS em tarefas relacionadas com IA». A ideia é executar estas tarefas localmente sem necessidade de enviar e receber dados via Web e, assim, evitar problemas de privacidade. Mas a Microsoft também quis (inicialmente) que estes processadores não fossem x86, ou seja, AMD ou Intel, mas sim Arm, fabricados pela Qualcomm. Estes, são muito semelhantes aos usados nos smartphones e oferecem algumas vantagens em relação: por exemplo, um consumo energético bastante mais baixo. Porém, podem ter problemas de compatibilidade com software feito para x86.
Evolução na continuidade
No Surface Laptop 7, a Microsoft decidiu usar o mesmo design do modelo da geração anterior, tendo introduzido apenas algumas alterações de pormenor. Continua a ser um PC feito em alumínio, é fino, leve e tem apenas três ligações USB do lado esquerdo; a entrada de energia multifunções fica à direita. A propósito, um dos elementos que a marca remover nesta versão, em relação aos modelos anteriores, era um dos meus preferidos: a porta USB na fonte de alimentação que permitia carregar outro dispositivo enquanto se usava o PC. Claro que se consegue fazer o mesmo através de uma das que estão no laptop, mas é menos uma que fica disponível.
De resto, a montagem e o teclado são quase perfeitos, mas o trackpad merecia ser um pouco maior – contudo, isto pode ser compensado com o ecrã táctil. Apesar de não usar tecnologia OLED, a qualidade da imagem é muitíssimo boa e com cores tão brilhantes que parece ter mesmo esta tecnologia.
Rápido a “pensar”
Este PC usa o processador topo de gama da Qualcomm, o Snapdragon X Elite de doze núcleos, a 3,8 GHz, mas que pode atingir 4,3 GHz com dois dos núcleos; este CPU inclui ainda uma NPU com 45 TOPS e uma GPU Adreno.
Tal como aconteceu com o primeiro PC deste tipo que testámos há algum tempo, o Surface Laptop 7 também é capaz de executar software para plataformas x86 de uma forma surpreendentemente rápida – não vamos ter a velocidade nativa, mas todo o software é perfeitamente utilizável. Neste momento, os programas mais populares para Windows, como o Photoshop, o Office (naturalmente) ou as aplicações dos principais serviços de streaming, já foram adaptadas para a arquitectura Arm, com todas as suas funcionalidades.
O mais rápido em IA
Testar computadores com estes CPU requer a utilização de software diferente dos outros, porque os testes que usamos normalmente em x86 não funcionam de todo – e mesmo que isso acontecesse, os resultados seriam distorcidos por causa da emulação. Por isso, usámos a mais recente versão do conjunto de testes Procyon da UL (a mesma empresa do PCMark), que tem a vantagem adicional de disponibilizar vários testes de IA. O único teste ‘tradicional’ que usámos foi o 3DMark, que testa especificamente o desempenho da API DirectX em gráficos.
O desempenho foi bastante bom a todos os níveis – o Surface Laptop 7 foi, inclusive, o mais rápido no teste de IA. A autonomia, contudo, ficou um pouco aquém do que a Microsoft indica no site dedicado a este computador, mas a diferença não é muita. Jºa no que toca aos gráficos 3D, o Surface permite jogar quase tudo, mas sem carregar muito na qualidade das definições gráficas.
Distribuidor: Microsoft
Preço: €1679
Benchmarks
3D Mark Wildlife: 16 187 Procyon Productivity: 4205 Procyon Computer Vision: 1591 Procyon Battery Life: 606 minutosFicha Técnica
Processador: Qualcomm Snapdragon X Elite
Memória: 16 GB LPDDR5X
Armazenamento: SSD NVMe com 512 GB
Placa Gráfica: Qualcomm Adreno
Ecrã: PixelSense Flow de13,8” (2304 x 1536)
Ligações: USB-A, 2 x USB-C / USB 4, jack de 3,5 mm, Wi-Fi 7, Bluetooth 5.4
Dimensões: 301 x 220 x 17,5 mm
Peso: 1,34 kg