Tapetes de seda e colares de ouro: o iraniano que «trocou» Maradona por CR7

2 meses atrás 64

Em todo o lado e a qualquer hora. A Ronaldomania neste Campeonato da Europa tem atingido níveis de loucura difíceis de compreender. Das invasões de campo ao adepto que em Gelsenkirchen se atirou, literalmente, para o precipício, na esperança de abraçar o capitão da seleção nacional. Em todo o lado e a qualquer hora, um mar de camisolas «sete». 

Às portas da Arena AufSchalke, onde Portugal defrontou a Geórgia, o zerozero cruzou-se com mais uma história excêntrica em torno do agora jogador do Al Nassr. Menos efusivo e mais cordial do que aqueles que têm perturbado a normalidade de Ronaldo durante e depois dos jogos, Mohammad Reza Noruzei contou a história da sua admiração por CR7

O iraniano, de 44 anos, estava acompanhado da família: os dois filhos gémeos e a mulher, todos equipados com a cara do avançado português estampada numa camisola branca. «Sou fã de Cristiano Ronaldo. Na verde, acho que posso dizer que sou o maior fã de Cristiano Ronaldo», contou Mohammad, confiante na sua afirmação. 

«Vou a todos os jogos dele. Em Riade, na Arábia Saudita, e aqui na Europa também. Fui a muitos jogos dele em Madrid e em Portugal», diz. Mas o empresário iraniano não se limitou a seguir o capitão da seleção portuguesa um pouco por todo o mundo. Em 2013, Mohammad criou uma página de fãs dedicada a Ronaldo (CR7ir). 

«É a maior e a mais antiga página de fãs dele no mundo», assegura. Tem quase um milhão de seguidores e contém a prova cronológica desta história.

De Maradona para Ronaldo 

lMohammad e a família, em Gelsenkirchen @Duarte Monteiro

Mas se a presença digital de Mohammad em torno de Cristiano Ronaldo tem 11 anos, a fascínio pelo ídolo português recua bem mais no tempo. «Tenho 44 anos e, na minha infância, o meu ídolo era Diego Armando Maradona. Mas depois de Maradona, e há 21 anos, que estou com Cristiano Ronaldo. É ele a minha "lenda" agora», afirma, orgulhoso. 

qO meu ídolo era Maradona. Mas há 21 anos que estou com Cristiano Ronaldo

Na conversa com o zerozero debaixo do sol de Gelsenkirchen, Mohammad desvendou alguns detalhes dos encontros com Ronaldo ao longo dos anos.  

«No ano passado, em julho, ofereci-lhe um colar de ouro, em Lisboa», revela. Mas as oferendas não se ficaram por aqui. «Quando o Al Nassr esteve em Teerão, dei-lhe um quadro muito bonito dele e da mãe. E noutra ocasião, na cidade de Al Qasim presenteei-o com um tapete de seda.» 

Tudo isto é comprovável na página dedicada a Cristiano Ronaldo ou na página pessoal de Mohammad Reza Noruzei, assim como um encontro do internacional português com os dois filhos do iraniano.  

Perante esta admiração, a resposta sobre qual o favorito de Mohammad para vencer o Euro 2024 só podia ser uma: «Para mim, só pode ser Portugal; e acredito que vai ser», terminou. 

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