Taxas Euribor descem de forma expressiva depois da reunião do BCE

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As taxas Euribor registaram esta sexta-feira uma queda expressiva (quando comparada com as pequenas variações dos últimos dias), naquela que é a primeira sessão depois da reunião do Banco Central Europeu (BCE).

O BCE manteve as taxas directoras e Christine Lagarde, presidente da instituição, até procurou travar algum entusiasmo sobre a possibilidade de um corte já em Março, mas o cenário macroeconómico apresentado esta quinta-feira dá força a quem espera uma viragem na política monetária do banco central já em Março.

A descida da Euribor verificou-se nos três prazos utilizados nos empréstimos às famílias e às empresas, mas o recuo mais expressivo verificou-se no prazo a 12 meses.

A Euribor a 12 meses, a que está mais presente nos créditos à habitação em Portugal (37,4%), desceu para 3,597%, menos 0,065 pontos do que na quinta-feira e cada vez mais longe do máximo de 2023, de 4,228%, registado a 29 de Setembro.

Igualmente a registar um recuo significativo, em termos de variação diária, esteve o prazo de seis meses, que baixou para 3,873%, menos 0,038 pontos do que na sessão anterior e também cada vez mais longe do máximo de 2023, de 4,143%, registado em Outubro. Esta taxa está presente em 36,1% dos empréstimos existentes em Portugal.

A Euribor a três meses também caiu 0,038 pontos face à sessão anterior, fixando-se em 3,887%, depois de também ter atingido 4%, mais precisamente 4,002%, no final do ano passado.

A subida das taxas Euribor, iniciada em 2022, foi muito rápida, passando de valores negativos de 0,5% para cima de 4%.

A tendência de descida começou mais cedo do que se esperava, mas também está a ser significativa, especialmente no prazo a 12 meses. Contudo, as descidas expressivas das prestações ainda vão demorar a sentir-se nas contas dos portugueses.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário. Com Lusa

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