Anders Breivik, o terrorista norueguês de extrema-direita que matou dezenas de jovens que estavam num acampamento de verão do Partilho Trabalhista, numa ilha, em 2011, processou o Estado da Noruega. Diz estar a ser vítima de um atentado contra os direitos humanos por estar há 12 anos preso em isolamento, sem contacto com outras pessoas.
Anders Breivik está a cumprir a pena de 21 anos de prisão em isolamento, mas num espaço com cozinha, sala de jantar, televisão, zona desportiva e até uma gaiola com piriquitos. O Ministério da Justiça alega que Anders Breivik tem de estar em isolamento porque continua a representar uma séria ameaça.
O processo contra o estado norueguês, interposto pelo terrorista, defensor da ideologia nazi, começa a ser tratado esta segunda-feira.
A comunicação social vai poder acompanhar as alegações da defesa do Estado e do terrorista, mas o discurso de Anders Brevik não pode ser transmitido. A Justiça norueguesa teme que Brevik queria aproveitar o tempo de antena para espalhar ideologia.
Breivik já tinha processado o Estado norueguês em 2016, também por violação dos direitos humanos.
Breivik espalhou o terror na ilha de Utoya
Em julho de 2012, Anders Breivik fez um ataque terrorista num edifício governamental, em Oslo, na Noruega, onde matou oito pessoas. A seguir, vestido com a farda da polícia, apanhou uma lancha até à ilha de Utoya, onde decorria o acampamento de verão do Partido Trabalhista.
Durante hora e meia perseguiu os jovens e disparou sobre eles. Fez 69 mortos e, a seguir, chamou a polícia e entregou-se.
Em tribunal nunca mostrou arrependimento. Disse ter feito o que era necessário já que as vítimas apoiavam a imigração. Anders Breivik foi condenado a 21 anos de prisão, prorrogáveis se se considerar que continua a ser uma ameaça.