No Olympiastadion Berlin, a Espanha levou a melhor diante da Inglaterra (2-1) e conquistou, assim, o título europeu. Num segundo tempo exímio, muito atletas da La Roja mostraram um nível de rendimento acrescido.
Um bailado contagiante
Faz todo o sentido os tubarões europeus estarem de olhos posto em si. Nico Williams é um daqueles jogadores que contagia os amantes da modalidade. As suas acelerações e recortes técnicos voltaram a criar muitas dificuldades ao opositor direto, neste caso, Kyle Walker. Na hora de visar a baliza à guarda de Pickford, o avançado do Athletic não perdoou, dando a injeção de confiança que a sua equipa tanto precisava. Não engana!
Só nos resta aplaudir e admirar
O que é este menino joga não está escrito! Apesar dos seus 17 aninhos, feitos na véspera deste encontro, o jovem avançado mostrou novamente uma maturidade impar. Sabe quando explorar o um-contra-um, sabe quando visar a baliza, sabe quando pautar o jogo. O jogador do Barcelona deu o mote para o resultado final, com um passe açucarado para o amigo Nico. Os seus movimentos interiores são verdadeiramente disruptivos. O futuro está bem entregue!
O cisne hispânico
Se houvesse um prémio de Jogador Revelação, Marc Cucurella era um grande candidato. Um patinho feio na entrada para a competição, mas que rapidamente provou estar à altura do desafio. A sua capacidade de queimar linhas vindo de trás é louvável, tendo sido o complemento ideal para a irreverência de Nico Williams. O passe a régua e esquadro para Oyarzabal ditou o destino do torneio e fez jus a uma história bonita de superação. O cisne hispânico!
Joga e faz jogar!
Uma exibição que vai de encontro com todo o torneio realizado. Após a saída de Rodri por motivos físicos, Fabián foi obrigado a segurar a batuta na construção, algo que fez com mestria, controlando os ritmos de jogo com a sua assertividade no passe. Surpreendeu muitos adeptos que não o conheciam. Por outras palavras, fez-se justiça. Mais um jogo de encher o olho!
Trouxe a garrafa de champagne
Entrou aos 68', em detrimento de Álvaro Morata. Deu estabilidade ao seu conjunto, atuando de forma exímia de costas para a baliza. Porém, o seu momento estava para chegar minutos mais tarde. 1-1, tudo encaminhado para o prolongamento. Oyarzabal aparece no sítio certo à hora certa e escreve o seu nome na História do Futebol. O homem por detrás da gigante festa espanhola!
Chegou, viu e marcou
Só foram precisos três minutos para deixar a sua marca. Com um remate bastante colocado, voltou a dar esperanças ao seus país. Uma extraordinária finalização que mostra as suas valências na hora de almejar o alvo. Uma época individual fantástica, que o próprio queria certamente fechar com Chave de Ouro. Assim não aconteceu, mas mérito tem que ser dado a quem merece.
Antídoto débil para maldição potente
Muitos furos abaixo, não só esta noite como em todo o torneio. O camisola '9' nunca pareceu confortável no sistema implementado por Southgate, algo que voltou a ficar perceptível neste derradeiro jogo. A maldição continua, mas o experiente ponta-de-lança tem culpa no cartório...
Alguém que o encontre
Anos-luz da campanha que realizou pelo Manchester City, onde foi protagonista num plantel recheado de astros. Esta noite, como foi seu apanágio ao longo da prova, escondeu-se do compromisso, não conseguindo empurrar para si os holofotes. Muita habilidade superlativa que passou discreta num grande palco. É pena...