Tokenização pode gerar 400 mil milhões em receitas adicionais nos investimentos alternativos, diz Bain & Company

7 meses atrás 60

Mais de metade da riqueza global é controlada por particulares, mas apenas cerca de 5% da sua riqueza é alocada em alternativos, segundo o estudo.

A adoção de tokens pode potenciar rentabilidades e diversificação de carteiras de particulares, diz a Bain & Company que detalha que a tokenização pode gerar 400 mil milhões de dólares em receitas adicionais nos investimento em alternativos

Os investimentos alternativos, como os private equity (PE), crédito privado, imobiliário e hedge funds podem assegurar aos investidores maiores rentabilidades e diversificação, acrescenta a consultora.

Segundo adianta a análise “How Tokenization Can Fuel a $400 Billion Opportunity in Distributing Alternative Investments to Individuals” da Bain & Company, a tokenização pode revolucionar o acesso aos alternativos, libertando receitas para os seus gestores e distribuidores e originando carteiras de maior qualidade para os particulares de elevado património.

Os investimentos alternativos são considerados mais complexos do que os ativos tradicionais e requerem horizontes de investimento mais longos – em muitos casos, de 10 ou mais anos.

“A tokenização tem o potencial de mudar a forma como os alternativos funcionam, tornando mais fácil a distribuição e o investimento em fundos e adicionando características investor-friendly para ajudar a preencher a lacuna entre gestores de alternativos e particulares. A tokenização não vai levar a uma democratização completa desta classe de ativos, como o acesso aos investidores do retalho, mas pode tornar os alternativos mais acessíveis e desejáveis para os indivíduos com um elevado património líquido”, afirma Clara Albuquerque, partner da Bain & Company em comunicado.

As conclusões da análise da consultora revelam que, tradicionalmente focada em investidores institucionais, a gestão de ativos alternativos está agora também focada nos particulares com maior riqueza, cujas carteiras estão sub-representadas neste tipo de ativos.

A tokenização – juntamente com a tecnologia blockchain – pode agilizar, automatizar e simplificar a maioria das etapas de investimento em alternativos, beneficiando tanto particulares como instituições. Pode ainda melhorar a liquidez e personalizar as carteiras, avança o estudo.

Por fim, mais de metade da riqueza global (que ascende a 290 biliões de dólares) é controlada por particulares, mas apenas cerca de 5% da riqueza desses indivíduos é alocada em alternativos.

Mais de metade da riqueza global é controlada por particulares, mas apenas cerca de 5% da sua riqueza é alocada em alternativos, segundo o estudo.

A riqueza global é distribuída de forma uniforme entre investidores institucionais, como fundos de pensões e fundos soberanos, e investidores individuais, com os particulares a deterem cerca de 150 biliões (milhões de milhões) de dólares do conjunto de riqueza global de 290 biliões de dólares.

Na maioria dos países, os investidores qualificados são os que dispõem de mais de 1 milhão de dólares em ativos para investir, refere a Bain & Company.

“Nesse sentido, definimos como indivíduos de elevado património líquido, os investidores que dispõem entre 1 a 5 milhões de dólares para investir; muito elevado património líquido, os que dispõem entre 5 milhões e 30 milhões; e ultraelevado património líquido, os que dispõem de mais de 30 milhões”, acrescenta a consultora.

Num estudo da Bain & Company de novembro de 2022, concluiu-se que 53% dos 418 investidores (inquiridos) com um património líquido alto a ultra-elevado planeam aumentar a sua alocação em alternativos nos próximos três anos, principalmente para melhorar a diversificação (60% dos entrevistados), melhorar as rentabilidades (25%) e tendo por base as recomendações de consultores (15%). Entre as razões para acelerar as alocações em alternativas, estavam a maior liquidez (59%), a maior transparência das participações (45%), o melhor desempenho dos alternativos (45%) e o mais fácil acesso a alternativos (38%).

Ler artigo completo