Tozé Marreco: «Não sou mágico ou milagreiro»

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Tozé Marreco completa este sábado os primeiros sete dias como treinador do Gil Vicente, onde terá pela frente o objetivo da permanência, a cinco jornadas do final do campeonato. Desta forma, o técnico analisou o Moreirense, próximo adversário no calendário gilista.

"Vamos defrontar uma equipa muito forte, que está a fazer um campeonato muito consistente. Sabemos das dificuldades que vamos encontrar e os pontos fortes, mas também sabemos os pontos a explorar. Estamos absolutamente conscientes e de estratégia definida, portanto o Moreirense vai encontrar um Gil Vicente muito confiante e forte. Contudo, sabemos que não será fácil para ninguém", vincou o novo timoneiro dos galos, de 36 anos.

Como sentiu o grupo nesta primeira semana de trabalho ao serviço do Gil Vicente? "Um grupo que, obviamente, estava no primeiro dia desconfiado de si próprio, mas faz parte, é normal. Eu não sou mágico, não sou milagreiro e sozinho não vou conseguir fazer absolutamente nada. Aquilo que queremos melhorar está claramente identificado, da parte ofensiva e defensiva e agora é trabalhar sobre isso, sabendo que a organização é um ponto fulcral da equipa. Durante esta semana trabalhámos o mais importante e agora temos de conciliar isso à outra parte, que é a qualidade individual, porque a qualidade técnica só não chega. Também fomos capazes de aliar isso a outra qualidade: à crença e à ambição e sacrifício, para saber como atacar esta fase final do campeonato." 

Vai fazer alterações drásticas ao modelo deixado por Vítor Campelos, o seu antecessor? "Não. Só se fosse pouco inteligente é que não ia aproveitar o que de bom existe do mister Vítor. Avaliar a questão do que se passou não é a minha função. A minha função é pegar no que de bom existe e, dentro do meu modelo de jogo, adaptar as caraterísticas ao que é preciso fazer, é a  forma como eu penso. Depois de analisar muito bem aquilo que são as caraterísticas individuais, não vou pedir, ou seja, não faz sentido pedir coisas na organização que os jogadores não estão habituados, seria só para complicar. Tem que haver, efetivamente, uma adaptação, porque houve abertura dos jogadores para isso, para o que queremos alterar. Porque queremos alterar evidentemente algumas coisas, para alcançar os nossos objetivos. Mas, taticamente, não posso falar muito disso, porque o Rui [Borges] está, com certeza, a ver esta conferência." 

Vítor Campelos falava muito na marca dos 35 pontos. Tem a mesma marca pontual? "Agora é ganhar três pontos, essa é a minha meta. Não vale a pena pensarmos em mais nada, temos cinco semanas para pensar em três pontos, portanto vamos pensar a cada jornada. Sabemos que, se não pudermos ganhar três pontos em Moreira, será complicado. A matemática deixamos para a frente. A grande vantagem que temos é que dependemos de nós, da nossa organização, vontade e  crença. Passei isso aos jogadores e é isso que exigimos, porque o calendário é difícil para toda a gente. Nesta fase, os jogos transformam-see e há sempre surpresas."

O Moreirense recebe, este sábado, o Gil Vicente pelas 15h30, no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas.

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