Trabalhadores do JN vão recorrer a todos os meios legais e judiciais contra despedimento coletivo

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Os trabalhadores do JN garantem que vão recorrer a todos os meios legais e judiciais contra o despedimento coletivo.

Trabalhadores do Global Media Group (GMG), concentraram-se à porta das instalações da redação do Jornal de Notícias (JN) e do O Jogo, no início da greve de dois dias convocada pelo Sindicato dos Jornalistas, no Porto, 06 de dezembro de 2023. Esta paralisação decorre como forma de protesto contra um eventual despedimento coletivo de cerca de 150 trabalhadores, comunicado recentemente às delegadas sindicais do Jornal de Notícias pela administração do GMG, que detém os títulos JN, DN, TSF, O Jogo, Dinheiro Vivo, Notícias Magazine, Delas, N-TV, Motor24, Men's Health, Women's Health e Açoriano Oriental. FERNANDO VELUDO/LUSAi

FERNANDO VELUDO/LUSA

FERNANDO VELUDO/LUSA

Os trabalhadores do Jornal de Notícias (JN), que enfrentam um despedimento coletivo, garantiram este domingo que vão recorrer a todos os meios legais e judiciais para defender os seus direitos.

Sim, o JN recorrerá a todos os meios legais e judiciais para fazer valer os direitos dos seus trabalhadores, cuja vida está transformada num calvário, apesar de diariamente e com enorme empenho fazerem um jornal que é economicamente sustentável”, adiantam os trabalhadores num manifesto sob o nome “A administração e nós”.

No dia 6 de dezembro, em comunicado interno, o Global Media Group (GMG), a que pertence o JN, anunciou que iria negociar com caráter de urgência rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação que diz ser necessária para evitar “a mais do que previsível falência do grupo”. No JN, os despedimentos afetarão 40 pessoas, tendo a direção do jornal decidido demitir-se esta semana. No documento, a redação do JN salienta não haver memória de um “ataque tão violento” à identidade do JN.

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Criticando a comissão executiva, liderada por José Paulo Fafe, os trabalhadores referem que o diário não precisa de quem, todos os dias, desvaloriza o seu potencial. “Não, o JN não carece de criativos que conhecem muita gente, como se autointitula José Paulo Fafe. Precisa de pessoas dedicadas e laboriosas que aportem valor ao título e precisa que os seus acionistas avaliem o prejuízo reputacional e económico causado pelas repetidas declarações públicas de José Paulo Fafe, em que coloca o GMG próximo da falência”, reforçam.

Pedindo respeito, os trabalhadores dizem que o JN dá lucro, continua a ser mais lido do que alguns títulos de referência e é viável. E acrescentam: “Sim, o JN vende, em média, 23 mil exemplares por dia (dados de outubro)”.

No início do mês, os trabalhadores do JN estiveram em greve, o que se traduziu na primeira vez em mais de 30 anos que o título não chegou às bancas.

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