“Transformação do mundo do trabalho precisa de um investimento significativo na capacitação das pessoas”

8 meses atrás 70

O estudo da ManpowerGroup, ‘The Age of Adaptabily’, indica quatro principais forças para este ano, alterações demográficas, adoção tecnológica, aceleradores da competitividade e escolha individual. E refere ainda 14 tendências para o novo equilíbrio entre trabalhadores e empregadores.

“The Age of Adaptabily”, é um estudo da ManpowerGroup que revela a importância da adaptação, na construção de um futuro do trabalho movido por uma força de trabalho moderna e sustentável. O estudo deste ano indica quatro principais forças, alterações demográficas, adoção tecnológica, aceleradores da competitividade e escolha individual. Para além das quatro forças, são ainda destacadas 14 tendências para o novo equilíbrio entre trabalhadores e empregadores.

Rui Teixeira, Diretor Geral do ManpowerGroup Portugal, afirma que “estamos a entrar numa era em que a adaptação é fundamental. As forças combinadas da Inteligência Artificial, da automação e da economia verde estão a transformar os empregos e as necessidades de competências a uma velocidade sem precedentes, exigindo uma força de trabalho adaptável e qualificada. A transformação do mundo do trabalho precisa de criatividade e flexibilidade, mas também de um investimento significativo na capacitação das pessoas para enfrentar as oportunidades e desafios desta nova era”.

De acordo com o estudo, a primeira tendência é a de reduzir o fosso entre gerações através do reskilling e upskilling estratégicos, uma vez que o desequilíbrio demográfico “coloca diversos desafios à gestão do talento, com a perda de conhecimento provocada pela saída dos baby boomers que estão a reformar-se, a procura, por parte da geração Z, de novas competências e a necessidade de requalificação dos trabalhadores em meio de carreira, para que possam aceder a novas funções”.

Durante a pandemia foram várias as mulheres que saíram do mercado de trabalho, no entanto a recuperação está a ser rápida, com as taxas de emprego feminino a voltar aos níveis pré-pandemia. De acordo com a segunda tendência, a força de trabalho presente e futuro vai ser impulsionada pelas mulheres. “É crucial garantir a representação adequada das mulheres nas bases de talento, especialmente em setores em crescimento, onde ainda ocupam menos de um terço dos cargos de gestão e liderança e áreas relacionadas com a tecnologia”.

“A promoção da diversidade, equidade, inclusão e pertença (DEIB) tornou-se uma estratégia fundamental de negócio, gerando benefícios como o aumento da inovação e uma maior capacidade de atrair e reter talento”, refere o relatório sobre a terceira tendência sobre o DEIB, um catalisador de inovação e criatividade.

Outra das tendências vai ser a ascensão da Inteligência Artificial (IA) que tem vindo a transformar o mundo de trabalho, no entanto é importante aproveitar o potencial desta tecnologia para impulsionar o crescimento e os ganhos de produtividade, para tal as empresas “têm de dar prioridade às pessoas”.

Esta é uma tecnologia que, segundo o estudo, vai criar mais empregos do que os que destruirá: “os avanços tecnológicos abrem oportunidades para um trabalho mais significativo, se as pessoas tiverem as competências necessárias”. Sendo está outra das tendências para este ano. “À medida que as empresas se adaptam à IA, o futuro do trabalho será impulsionado pelos humanos, que deverão requalificar-se para colaborar efetivamente com as tecnologias modernas”.

O salário é outra das tendências, no caso específico, encontrar o equilíbrio salarial certo. Uma questão à qual tem sido difícil responder, uma vez que “31% dos trabalhadores desejam uma melhor compreensão dos seus desafios financeiros por parte da sua liderança”. O estudo sublinha que “além de aumentos salariais, as empresas devem encontrar outras formas de se manter competitivas e fidelizar o talento qualificado de que precisam, nomeadamente através da oferta de mais autonomia, flexibilidade e alinhamento de valores e propósito”.

“Devemos ser intencionais na aceleração do progresso humano e na construção de uma força de trabalho capacitada para o futuro. As empresas têm de tomar a dianteira, fornecendo percursos claros para a aquisição de competências futuras, recursos de upskilling acessíveis e orientação profissional para garantir a transição bem-sucedida da sua força de trabalho”, sublinha Rui Teixeira.

Ler artigo completo