Tratolixo investe 10 milhões de euros em nova unidade em Cascais

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A Tratolixo trata anualmente mais de 470 mil toneladas de resíduos urbanos produzidos pelos habitantes dos municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra.

A Tratolixo investiu 10 milhões de euros numa Unidade de Tratamento Mecânico com Separação Óptica Automática de Sacos com Biorresíduos, que fica localizada no Ecoparque de Trajouce, em Cascais.

“A nova unidade está integrada numa operação conjunta de 10 milhões de euros (que engloba ainda uma nova portaria operacional e o aumento da capacidade da Central de Digestão Anaeróbia) e representa um investimento de cinco milhões de euros, com o cofinanciamento do POSEUR em 85%. A nova Unidade de Tratamento Mecânico com Separação Óptica Automática de Sacos com Biorresíduos tem uma capacidade anual para tratar 300 mil toneladas de resíduos, o que significa a duplicação da capacidade de tratamento”, referiu a empresa intermunicipal de capitais integralmente públicos, detida em 100% pela Associação de Municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra para o Tratamento de Resíduos Urbanos.

“Esta unidade permitirá a recuperação dos sacos verdes contendo os biorresíduos alimentares devidamente separados pelos munícipes de Cascais, Oeiras, Mafra e Sintra, sendo um contributo fundamental e estratégico para a redução da deposição dos resíduos urbanos em aterro e capacitar a Tratolixo para tratar a totalidade de biorresíduos produzidos nos referidos concelhos”, disse a empresa.

Os biorresíduos separados no Ecoparque de Trajouce, em Cascais, “são encaminhados para valorização orgânica” na Central de Digestão Anaeróbia (CDA), em Mafra, onde a matéria biodegradável é “transformada em biogás e em lama digerida”. A empresa acrescenta que o gás é “aproveitado e transformado” em energia elétrica, “sendo posteriormente injectada na Rede Eléctrica Nacional (REN) e a lama digerida é estabilizada por compostagem, dando origem a composto que pode ser utilizado em culturas agrícolas arbóreas e arbustivas”.

A Tratolixo acrescentou que a CDA foi igualmente ampliada “para dar resposta à totalidade dos biorresíduos alimentares a tratar”, aumentando a sua capacidade de tratamento biológico de 80 para 120 mil toneladas por ano.

“Este investimento reforça o nosso compromisso de assegurarmos a valorização dos resíduos recolhidos. A nova unidade é um contributo fundamental e estratégico que evita o desperdício dos biorresíduos e permite contribuir para o aumento das taxas de reaproveitamento e reciclagem. Poderemos, assim, aumentar a nossa capacidade de produção de biogás e de energia elétrica que injetamos continuamente na rede elétrica nacional, bem como de composto orgânico de qualidade para aplicação na agricultura”, disse o presidente do Conselho de Administração, Nuno Soares.

Em 2023 houve uma recolha de 61 mil 205 toneladas de biorresíduos, mais 9,4% face a 2022, salientou a empresa, que acrescentou que a recolha selectiva de biorresíduos em saco óptico já permitiu a recolha de quatro mil toneladas apenas por esta via, um aumento de 250% face a 2022.

A empresa trata anualmente mais de 470 mil toneladas de resíduos urbanos produzidos pelos habitantes dos municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra.

A Tratolixo abrange uma área geográfica de 753 Km², e inclui uma população de cerca de 864 mil habitantes.

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