Três jovens detidos em França por ligação a caso de terrorismo na Bélgica

6 meses atrás 57

Os três menores, com idades entre 15 e 17 anos, não estavam diretamente envolvidos no plano frustrado de ataque a uma sala de concertos em Bruxelas, mas aderiram a teorias islamistas, acrescentou a mesma fonte, confirmando uma notícia do "Le Journal du Dimanche".

Os jovens "interagiam num grupo de uma rede social onde se trocava propaganda jihadista e se falava de planos de atentado", disse à agência de notícias AFP a Procuradoria Nacional Antiterrorista (Pnat).

"Neste contexto, podem ter tido ligações com outras pessoas, incluindo alguns indivíduos detidos na Bélgica", acrescentou a Pnat.

Os três menores foram detidos por investigadores da Direção Geral de Segurança Interna (DGSI), por associação criminosa terrorista, disse a fonte.

Foram detidos no âmbito de dois inquéritos distintos, declarou a Pnat. Um deles, de 15 anos, está a ser interrogado no âmbito de um inquérito judicial que decorre desde novembro de 2023, no qual outro menor, de 15 anos, está a ser investigado por "associação de criminosos terroristas (por ter querido juntar-se ao Estado Islâmico na zona do Iraque/Síria e planeado cometer um atentado) e fazer apologia do terrorismo (por distribuir propaganda do Estado Islâmico)", acrescentou.

Os outros dois menores, de 15 e 17 anos, estão a ser interrogados no âmbito de um inquérito aberto na semana passada por "associação de criminosos terroristas com vista à preparação de um ou mais crimes contra pessoas", segundo a mesma fonte.

Podem ser mantidos sob custódia policial até 96 horas.

No domingo, a polícia belga deteve quatro homens - "três menores no final da adolescência" e um jovem de 18 anos - durante buscas em Bruxelas, Ninove, Charleroi e Liège, segundo Eric Van Der Sypt, porta-voz do Ministério Público federal belga.

Os detidos são suspeitos de "planear um ataque terrorista na Bélgica".

De acordo com a televisão belga RTBF, as detenções foram efetuadas no âmbito de uma operação policial destinada a identificar pessoas "potencialmente violentas e suspeitas de estarem ligadas ao extremismo islâmico".

Não foram encontradas armas ou explosivos. A polícia apreendeu telemóveis e computadores para análise, de acordo com o Ministério Público Federal.

As mensagens trocadas pelos quatro suspeitos eram "suficientemente preocupantes para intervirmos e efetuarmos buscas", disse Van Der Sypt.

"Não é que estivessem a planear algo para amanhã, mas era suficientemente iminente para intervirmos", acrescentou.

A relativa juventude dos suspeitos aumentou a desconfiança das autoridades. "Eles são muito flexíveis. Se alguém lhes der uma arma, por exemplo, as coisas podem acontecer muito, muito rapidamente. Por isso, não queremos correr riscos", disse o porta-voz.

Leia Também: Imputação do Supremo por terrorismo? Puigdemont fala de "Mátrix judicial"

Ler artigo completo