O tribunal rejeitou o último recurso possível em dois processos movidos contra a Mitsubishi Heavy Industries e a Nippon Steel, entre 2013 e 2014, que se somam a outras ordens de indemnização semelhantes e confirmadas em 2018.
A sentença proferida contra a Mitsubishi obriga a empresa a pagar entre 100 e 150 milhões de won (entre 70 mil e 105 mil euros) a três vítimas e a um familiar como compensação pelo trabalho não remunerado numa fábrica de aviões em Nagoya, no centro do Japão.
O veredicto exige que a Nippon Steel pague 100 milhões de won (70 mil euros) a outras sete vítimas de trabalho forçado nas cidades japonesas de Kamaishi (norte) e Kitakyushu (sudoeste), apesar de todas terem morrido durante o processo, iniciado em 2013.
A ocupação da península coreana entre 1910 e 1945 há muito que pesa nas relações bilaterais entre Seul e Tóquio.
De acordo com historiadores, o arquipélago recrutou à força centenas de milhares de coreanos durante esse período para alimentar a indústria de defesa em plena guerra.
Estas decisões são "extremamente lamentáveis e não as aceitamos", afirmou, em Tóquio, o porta-voz do governo japonês, em conferência de imprensa.
Yoshimasa Hayashi afirmou que o Japão irá protestar formalmente contra estes casos, que "violam claramente o (...) acordo sobre compensações".
Também a Mitsubishi Heavy e a Nippon Steel se têm recusado a aceitar as sentenças.
As vítimas e os familiares pediram a apreensão de bens das duas empresas, em processos separados que ainda aguardam resolução no Supremo Tribunal da Coreia do Sul.