Tropas israelitas recuam no sul da Faixa de Gaza "por razões táticas"

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Declarações que levam vários analistas a afirmarem que o recuo de tropas estará relacionado com a necessidade de dar descanso aos militares, após meses de combates em Khan Younis.

Também o exército israelita justifica estas movimentações com “razões táticas”, garantindo que uma “força significativa” vai continuar a operar no resto do território de Gaza.

Seis meses após o início da guerra, com mais de 33 mil palestinianos mortos, seguem conversações no Cairo, Egipto, com o Hamas.A televisão estatal egípcia conta que as negociações fizeram “progressos significativos”, estando previstos novos encontros, nos próximos dias.

Ainda de acordo com a televisão estatal egípcia Al-Qahera, o progresso foi feito em “vários pontos controversos do acordo”. 

As delegações do Catar e do Hamas deixaram a capital egípcia e está previsto que regressem “dentro de dois dias para finalizar os termos do acordo”. Por outro lado, as delegações dos EUA e de Israel devem deixar o Cairo “nas próximas horas”.

No entanto, um representante do Hamas já veio desmentir estas informações. Em declarações à Reuters, este elemento garante que não houve qualquer progresso nas negociações de cessar-fogo em Gaza. De acordo com a Reuters, este responsável palestiniano garante que “ainda não há progresso”.

No domingo, imediatamente após a retirada israelita, dezenas de palestinianos que estavam refugiados em Rafah regressaram a Khan Younis. A pé, de carro ou em carroças puxadas por burros, homens e mulheres chegam a uma cidade que agora está transformada em ruínas.

Maha Taher tem 38 anos, quatro filhos e, citada pela France Presse, conta que "todas as ruas foram demolidas". "E o cheiro. Vi pessoas a abrir covas para enterrar corpos", descreve.

Desde 7 de outubro, morreram mais de 33 mil palestinianos e mais de 75 mil ficaram feridos em ataques israelitas em Gaza, de acordo com números do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

A ONU e várias ONG repetem que a situação em Gaza está “além de catastrófica”.

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