Tropas venezuelanas mobilizadas até que navio britânico abandone a Guiana

8 meses atrás 70

Num vídeo publicado na rede social X (antigo Twitter), o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, aparece junto de militares com um mapa da Venezuela e da Guiana, uma ex-colónia britânica.

O governante diz que as tropas estão a "salvaguardar a soberania nacional" do país sul-americano.

"As Forças Armadas foram mobilizadas, não apenas no Leste do país, mas em todo o território. Vão estar até que este barco imperialista britânico deixe as águas disputadas entre a Venezuela e a Guiana", afirma.

O Ministério da Defesa venezuelano confirmou à agência de notícias Associated Press (AP) que o vídeo foi gravado numa base militar em Caracas, numa altura de crescentes tensões pelo diferendo territorial por Essequibo, uma zona disputada que está sob mediação da ONU há quase seis décadas.

A oposição venezuelana também exigiu hoje o afastamento do navio.

Na quinta-feira, a Venezuela iniciou exercícios militares junto à fronteira com a Guiana em "resposta à ameaça" do Reino Unido.

Segundo o Presidente Nicolás Maduro, a primeira fase dos exercícios militares venezuelanos inclui 5.682 combatentes com patrulhas, aviões de combate F-16 e Sukhoi e várias embarcações.

No mesmo dia, a Venezuela advertiu o Reino Unido e a Guiana que iria responder de maneira oportuna e legítima às ameaças à soberania nacional no âmbito do diferendo sobre Essequibo.

Em 14 de dezembro, a Guiana e a Venezuela chegaram a acordo para não usar a força para resolver o diferendo sobre a região de Essequibo e usar o diálogo para reduzir as tensões bilaterais.

A região de Essequibo, que aparece nos mapas venezuelanos como "zona em reclamação", está sob mediação da ONU desde 1966, quando foi assinado o Acordo de Genebra.

Com cerca de 160 mil quilómetros quadrados, Essequibo é rico em petróleo, representa mais de dois terços do território da Guiana e abriga cerca de um quinto da sua população, ou seja, cerca de 125 mil pessoas.

Para a Venezuela, o rio Essequibo devia ser a fronteira natural, como era em 1777, durante a época do império espanhol. A Guiana argumenta que a fronteira, que remonta à era colonial britânica, foi ratificada em 1899 por um tribunal arbitral em Paris.

Entretanto, a Guiana autorizou já oito empresas petrolíferas estrangeiras a explorar jazidas petrolíferas em águas reclamadas pela Venezuela.

Em 03 de dezembro, a Venezuela realizou um referendo consultivo em que mais de 95% dos eleitores que participaram votaram a favor das intensões do Governo de anexar Essequibo aos mapas venezuelanos.

O Presidente venezuelano assinou seis decretos para recuperar Essequibo.

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