Trump promete "resolver" guerra na Ucrânia após reunião com Zelensky

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Trump promete "resolver" guerra na Ucrânia após reunião com Zelensky Foto: Shannon Stapleton - Reuters

O candidato republicano à Casa Branca prometeu esta sexta-feira que irá “resolver” o conflito na Ucrânia em caso de vitória nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, que decorrem a 5 de novembro. A declaração surgiu depois de uma reunião com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Após a reunião desta sexta-feira na Trump Tower, em Nova Iorque, Donald Trump assegurou hoje que irá resolver o conflito em curso há dois anos e meio no leste da Europa.

“Esta guerra nunca deveria ter acontecido, mas vamos resolvê-la”, garantiu o ex-presidente norte-americano, sem explicar de que forma pretende colocar um ponto final às hostilidades.

O candidato republicano considerou ainda que o conflito é um “puzzle complexo” e apelou a um entendimento “justo para todos”.

Também no final deste encontro, o presidente ucraniano disse estar “grato” pela reunião “muito produtiva” com o ex-presidente dos Estados Unidos.

“Examinámos detalhadamente a situação na Ucrânia e as consequências da guerra para o nosso povo”, afirmou na rede social X.

Os Estados Unidos têm sido um dos parceiros centrais de Kiev no combate de dois anos e meio contra a Rússia desde o início da invasão. Trump tem-se mostrado relutância nos montantes disponibilizados à Ucrânia pela Administração Biden.

Ainda esta semana, o candidato republicano ironizava na descrição do líder ucraniano, considerando Zelensky “o melhor empresário do planeta”.

“Cada vez que vem ao nosso país saí com 60 mil milhões de dólares”, afirmou.
“São precisos dois para dançar o tango”
À entrada para o encontro, ao lado de Zelensky, Trump assinalou as boas relações que mantém com o líder ucraniano, mas também com o líder russo.

Temos uma relação muito boa, e também tenho uma relação muito boa com o presidente Putin, como sabe”, afirmou o candidato republicano. “Espero que tenhamos melhores relações”, respondeu Zelensky.

E Trump afirmou ainda que, em caso de vitória, espera “conseguir resolver isto muito rapidamente”.

“Acho realmente que o vamos conseguir. Mas, sabem, são precisos dois para dançar o tango”, acrescentou o candidato republicano.

Ao lado de Trump à entrada para a reunião de hoje, o presidente ucraniano mostrou-se otimista quanto ao posicionamento do ex-presidente quando ao conflito no leste da Europa.

“Penso que temos uma visão comum de que a guerra na Ucrânia tem de ser travada e que Putin não pode ganhar, que a Ucrânia deve prevalecer”, vincou.

De recordar que Zelensky e Trump já tinham estado reunidos anteriormente há cinco anos, quando o republicano ainda era presidente dos Estados Unidos. O contexto era muito diferente: Trump era candidato à reeleição, Zelensky tinha acabado de ser eleito na Ucrânia.

Nos últimos anos desde a invasão russa, Donald Trump tem sido um crítico constante dos valores gastos por Washington no apoio a Kiev. Chegou a afirmar que seria capaz de resolver o conflito entre a Rússia e a Ucrânia “em 24 horas”, sem precisar que condições tal acordo iria implicar.

Na quinta-feira, Zelensky esteve reunido com o presidente norte-americano, Joe Biden, mas também com a vice-presidente, Kamala Harris, que é a candidata democrata às eleições presidenciais deste ano
Harris criticou, no âmbito dessa reunião, os planos de Trump são “de paz”, mas sim de “capitulação” dos ucranianos.

“Há pessoas no meu país que gostariam de forçar a Ucrânia a abandonar grandes parcelas do seu território soberano, que pediriam à Ucrânia que se declarasse neutra e que exigiriam que a Ucrânia renunciasse a relações militares com outros países”, afirmou a candidata.

(com agências)

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