Ucrânia: Kursk continua a ser um objetivo central de Kiev

1 mes atrás 28

Depois de um ataque ucraniano à cidade de Moscovo, Kiev quer mostrar que consegue atacar e permanecer em território russo. Mas, para já, as informações continuam a ser contraditórias.

Horas depois do ataque ucraniano à capital russa, Moscovo, os combates entre os dois países voltaram a concentrar-se na região de Kursk e as informações voltaram a ser contraditórias, implicando um desconhecimento geral do que se passa de facto no terreno. Para a imprensa russa, as tropas ucranianas perderam até 300 militares e 26 veículos blindados na área de Kursk no último dia, afirma, citando o Ministério da Defesa russo: “Um total de mais de 4.400 militares inimigos foram mortos durante as hostilidades”.

A imprensa especifica que combatentes da força especial Akhmat estão preparados para repelir um ataque das forças ucranianas, que agora estão ocupadas em reagrupar-se na área de Kursk, disse o comandante daquela força, o major-general Apty Alaudinov, que também é vice-chefe da Organismo Político-Militar das Forças Armadas Russas.

Segundo a agência TASS, unidades do grupo de batalha Norte, apoiadas pela aviação do exército e fogo de artilharia, frustraram as tentativas de “grupos de assalto inimigos” de atacarem as zonas de Komarovka, Korenevo, Malaya Loknya e Russkaya Konopelka. A aviação russa terá, por seu lado, atingido áreas de montagem de equipamento militar de reservas ucranianas nas áreas de Belopolye, Boyaro-Lezhachi, Glukhov, Krasnopolye, Novye Virki, Pokrovka, Pisarevka, Mogritsa e Yunakovka na região de Sumy.

No último dia, ainda segundo a TASS, a Ucrânia perdeu cerca de 300 soldados e 26 veículos blindados, incluindo seis tanques, três veículos blindados de transporte de pessoal, 17 veículos blindados de combate, bem como dois veículos motorizados, quatro unidades de artilharia e lançadores lançadores MLRS. As unidades ucranianas na área de Kursk já foram bloqueadas e estão a ser expulsas de áreas povoadas, disse o major-general Apty Alaudinov.

Entretanto, a  Comissão Eleitoral Central da Rússia decidiu adiar a votação nas eleições para os conselhos locais de governo em sete municípios da região de Kursk, que estavam programadas para ocorrer em setembro. A votação foi adiada nos distritos de Belovsky, Bolshesoldatsky, Glushkovsky, Korenevsky, Sudzhansky, Khomutovsky e na cidade de Lgov.

Do lado ucraniano, o “Kyiv Independent’ diz que as forças do país estão a atacar com sucesso “equipamentos de engenharia… pontes e travessias de pontões” no Oblast de Kursk, informaram as Forças de Operações Especiais em 21 de agosto. A declaração surgiu depois de a Ucrânia ter atingido todas as três pontes no rio Seim, no distrito de Glushkovsky, no Oblast de Kursk. Uma das passagens de pontão russa recém-construída “desapareceu” das imagens de satélite. Os militares mostraram um vídeo da destruição das travessias de rios russos e o equipamento de engenharia usado para construir pontes flutuantes. De acordo com o comunicado, foram usados mísseis HIMARS para atingir as pontes. A perda das travessias através do rio Seim pode representar um sério desafio para as tropas russas estacionadas no distrito de Glushkovsky, que estão alojadas entre o rio ao norte, o Oblast de Sumy da Ucrânia a oeste e sul e os territórios controlados pela Ucrânia do Oblast de Kursk a leste.

Outros equipamentos militares russos, incluindo um sistema de guerra eletrónica, um armazém logístico e um sistema de artilharia, também foram atingidos e destruídos pelas forças ucranianas.

O comandante-em-chefe da Ucrânia, Oleksandr Syrskyi, disse que Kiev avançou entre 28 e 35 km no Oblast de Kursk, enquanto a incursão sem precedentes entra em sua terceira semana. De acordo com Syrskyi, a Ucrânia capturou até ao momento 1.263 km2 de território russo e 93 núcleos habitacionais, não tendo recuado.

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