Ucrânia lamenta "confusão" nos Estados Unidos sobre ajuda militar ao país

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"Ontem [terça-feira] à noite, recebi um relatório final de Washington sobre os cenários possíveis, e alguns deles são dignos de filmes de suspense", disse Kuleba.

"Tudo é muito confuso, depende de muitos fatores e pode ir para a direita, para a esquerda ou em frente", acrescentou o ministro, que se reuniu hoje com o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

No final de 2023, o Presidente norte-americano, Joe Biden, pediu ao Congresso dos Estados Unidos da América (EUA) a aprovação de 106 mil milhões de dólares (98,5 mil milhões de euros) para a Ucrânia no âmbito de um pacote extraordinário que também incluía fornecimentos a Israel e fundos para "conter" a crise migratória.

Na semana passada, um grupo de senadores Democratas e Republicanos alcançaram um acordo para aprovar o pacote em troca de restrições no acesso ao asilo na fronteira com o México.

No entanto, os Republicanos mais próximos do ex-Presidente Donald Trump (2017-2021) estão dispostos a chumbar o projeto na Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso) para impedirem novos argumentos a Biden em pleno ano eleitoral.

No encontro de hoje com Borrell, Kuleba instou a União Europeia (UE) a aumentar rapidamente as entregas de projéteis de artilharia, uma vez que Kyiv necessita de munições para combater os ataques russos.

O ministro apelou ao bloco europeu para "assinar contratos de longo prazo com empresas de defesa ucranianas", "reorientar os contratos existentes para a entrega de projéteis à Ucrânia" e "aumentar as importações de munições de países terceiros".

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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