"Ao longo das duas últimas semanas, não fomos autorizados a aceder às salas dos reatores das unidades 1, 2 e 6", da maior central nuclear da Europa e que é controlada pela Rússia, referiu a AIEA em comunicado.
Segundo aquela agência, que tem tido uma equipa em permanência no terreno, esta é a primeira vez que os técnicos "não estão autorizados a aceder ao espaço do reator de uma das unidades que está desligada, onde estão localizados o núcleo do reator e o combustível".
Há um mês, no início de dezembro, a AIEA afirmava que tinha havido um corte temporário no funcionamento da central nuclear ucraniana de Zaporíjia e que houve necessidade de recurso a geradores de emergência a 'diesel', para arrefecer os reatores e manter as funções essenciais de segurança nuclear.
"O último corte de energia externa é mais uma chamada de atenção para a precariedade da situação da segurança nuclear na central, que pode ver-se afetada por acontecimentos longínquos", sublinhou, na altura, o diretor da agência nuclear da ONU, Rafael Grossi.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro de 2022 uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 21 meses um elevado número de vítimas não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.
A invasão -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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