Ucrânia? "É quase impossível derrotar uma potência nuclear"

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O ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Péter Szijjártó, defendeu, esta quarta-feira, que é "quase impossível derrotar uma potência nuclear" como a Rússia e que é "irrealista" a NATO associar o fim da guerra na Ucrânia a uma vitória de Kyiv, uma vez que entende que o conflito só pode ser resolvido diplomaticamente à mesa das negociações.

Esta posição foi partilhada por Peter Szijjarto após uma reunião com o seu homólogo britânico, David Cameron, em Londres. 

"Tanto o Reino Unido como a NATO associam o fim da guerra a um resultado militar totalmente irrealista, cujas hipóteses são muito reduzidas, quase impossíveis", disse o diplomata, segundo cita a agência estatal russa TASS. 

"É quase impossível derrotar uma potência nuclear numa guerra deste tipo. Ao mesmo tempo, vemos que a Rússia também não pode derrotar a Ucrânia, uma vez que o Ocidente lhe fornece armas", acrescentou, defendendo assim a resolução do conflito através de negociações entre os envolvidos.

De notar que, já hoje, o ministro húngaro havia afirmado que a Hungria está a "fazer figas" para que Donald Trump seja reeleito presidente dos Estados Unidos porque vai melhorar as relações bilaterais e trazer esperança de paz à Ucrânia.

"Se me perguntarem quem é o próximo (nome) global previsível que traria a esperança de paz à Ucrânia, não posso citar mais ninguém a não ser Donald Trump", disse.

O ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, que antes foi porta-voz do primeiro-ministro, o ultranacionalista Viktor Orbán, defendeu ainda a cooperação com a Rússia em "domínios em que as sanções permitem a cooperação" e qualificou de "hipocrisia" a compra indireta de bens russos por países da União Europeia (UE) e EUA, como petróleo ou urânio.

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