Ucrânia. Suíça convida 160 delegações nacionais para cimeira de paz

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Entre os convidados estão nações de todos os continentes, além do G7, G20 e BRIC (grandes economias emergentes), com a exceção da Rússia, confirmou hoje o Governo suíço após a sua reunião semanal.

Embora o governo suíço estivesse aberto a convidar a Rússia, as autoridades do Kremlin declararam a sua indiferença em relação à reunião, porque uma solução para a guerra na Ucrânia não pode ser alcançada sem a sua participação.

A Suíça declarou a sua convicção de que Moscovo deve ser envolvida no desenvolvimento deste processo diplomático, uma vez que "a paz sem a Rússia é impensável".

A "fórmula de paz" de Zelensky baseia-se no pressuposto de que a solução para o atual conflito com a Rússia surgirá quando Moscovo abandonar os territórios ucranianos que ocupa e a soberania e a integridade territorial da Ucrânia forem restauradas.

Além dos governos, o Vaticano e o Patriarca Ecuménico da Igreja Ortodoxa também receberam um convite.

O governo suíço indicou que a lista final de convidados será conhecida pouco antes da conferência e que a seleção dos participantes foi feita com o desejo de que o maior número possível de países envie representantes de alto nível.

Zelensky comentou hoje que "todas as nações pacíficas do mundo vão querer participar nesta cimeira, porque a sua importância ultrapassa a Ucrânia" e acrescentou que, com a sua presença, mostrarão "respeito pelo direito internacional e pela coexistência pacífica".

A Suíça pretende que esta reunião resulte num roteiro sobre a forma de envolver ambas as partes num processo de paz e acredita que a participação maciça dos países contribuirá para esse objetivo.

Os organizadores indicaram que o programa ainda está a ser elaborado e, até ao momento, apenas se sabe que a reunião terá lugar na remota aldeia de Bürgenstock, situada entre os cantões de Nilwalden e Lucerna, cujo acesso pode ser facilmente restringido para garantir a segurança dos convidados.

A ideia da cimeira surgiu na sequência da visita de Estado de Zelensky à Suíça, em janeiro, embora não seja a primeira vez que a Confederação Helvética acolhe um evento de alto nível dedicado à Ucrânia, neste caso na sequência da invasão russa.

Em julho de 2022, a Suíça organizou uma conferência dedicada ao planeamento da reconstrução e do desenvolvimento da Ucrânia no pós-guerra, na qual participaram 58 delegações nacionais, bem como o sector privado e a sociedade civil.

A Suíça afetou cerca de 5,5 mil milhões de euros à reconstrução e ao desenvolvimento da Ucrânia até 2036.

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