UE lança pacto para tornar a região numa referência em tecnologias quânticas

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A União Europeia (UE) tem uma iniciativa em curso que visa tornar “a Europa no ‘vale quântico’ do mundo, com a região a querer liderar globalmente na excelência e inovação quânticas”, segundo se lê na declaração conjunta assinada, no final da semana passada, pelos representantes de vários países europeus. O anúncio foi feito durante o Conselho da Comissão de Transporte, Telecomunicações e Energia (TTE), numa decisão inesperada, pois receava-se que o anúncio deste pacto tivesse de ser adiado.

Com este pacto, há o compromisso de orientar as iniciativas relacionadas com a tecnologia quântica, a nível europeu, nacional e regional. O comissário Thierry Breton reconheceu numa publicação na rede social X que “as tecnologias quânticas vão ter um papel estratégico para a competitividade científica e industrial da UE”.

Por agora, o pacto conta com o apoio de França, Bélgica, Croácia, Grécia, Finlândia, Eslováquia, Eslovénia, República Checa, Malta, Espanha e Estónia, mas líderes da indústria como Alemanha, Holanda e Dinamarca ficaram de fora por ter sido uma apresentação de última hora, noticia o Euractiv.

A Dinamarca, que está fora do pacto para já, tem uma estratégia nacional para o desenvolvimento neste segmento, com um investimento estimado de 134 milhões de euros, vai liderar o novo centro da NATO para as Tecnologias Quânticas, que inclui um local de testes, um laboratório, um acelerador e uma incubadora. Também a Alemanha, que também está de fora, tem planos para investir mais de dois mil milhões de euros no setor até 2026 e tem um plano nacional para conseguir apanhar a China e os EUA neste domínio.

Andrea Rodriguez, analista de política digital no European Policy Centre, afirma que “embora o pacto seja um passo na direção certa, a falta de apoio demonstra que a Europa ainda não está a encarar a tecnologia quântica como uma prioridade estratégica”. “Exemplo disso é que apenas 5 em 27 países têm estratégias quânticas nacionais, e embora 16 países tenham investimentos dedicados às tecnologias quânticas, o quântico ainda é visto como um tema de I&D”.

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