UE sanciona portal de notícias Voice of Europe por desinformação russa

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Em comunicado, o Conselho da UE salientou que a propaganda em causa, dirigida à sociedade civil do bloco comunitário e dos países vizinhos, "tem visado repetida e sistematicamente os partidos políticos europeus, especialmente durante os períodos eleitorais, bem como a sociedade civil, os requerentes de asilo, as minorias étnicas russas, as minorias de género e o funcionamento das instituições democráticas na UE e nos seus Estados-membros".

A entidade visada pela UE é o portal de notícias Voice of Europe (Voz da Europa, na tradução em português), um 'media' com contas em várias redes sociais e controlado por Moscovo que, segundo o bloco europeu, "envolveu-se numa campanha internacional sistemática de manipulação dos meios de comunicação social e de distorção dos factos para desestabilizar a Ucrânia, a UE e os seus Estados-membros" e difunde ativamente desinformação sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada em fevereiro de 2022.

As pessoas agora abrangidas pelas medidas sancionatórias de Bruxelas são Artem Marchevskyi, que desempenhou um papel chave na aquisição do 'site' Voice of Europe e suspeito de ser o líder de facto do 'media', e Viktor Medvedchuk, reconhecido por ser um elemento próximo do Presidente russo, Vladimir Putin, e que controlou alguns 'media' na Ucrânia usando-os para a disseminação de propaganda de Moscovo.

No total, as medidas restritivas adotadas pela UE contra quem enfraquece ou põe em risco a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia incluem já mais de 2.100 pessoas e entidades.

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