UGT: há condições para aumentar o salário mínimo para os 890 euros, em 2025

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Em sede de concertação social, a UGT afirma estar disponível para analisar as propostas do Governo para uma revisão do Acordo de Rendimentos e da Legislação do Trabalho, desde que não comprometa os ganhos alcançados para os trabalhadores. Aponta, como uma linha vermelha, a flexibilização dos despedimentos.

Ainda assim, considera que a primeira reunião da concertação trouxe alguma tranquilidade e mostra-se disponível para revisitar os acordos.

Acredita também que, se for possível chegar a acordo na concertação social, o Parlamento, e em concreto o PS, não terá condições para votar contra.

Para a UGT a prioridade é trabalhar para a subida do salário médio e isso, segundo Mário Mourão, só se consegue com o intensificar da contratação coletiva e com a eliminação dos benefícios fiscais para as empresas que não cumpram.

Já sobre os aumentos na função pública, Mário Mourão acredita que vai ser possível chegar a um acordo, mas lembra que o Governo colocou as expetativas muito altas durante a campanha.

Admite que a satisfação com a possível concretização das reivindicações das forças de segurança, professores e saúde, leve outros setores da função pública a fazer novas exigências e a intensificar a luta.

Sobre o novo aeroporto congratula-se com o facto de ter sido tomada uma decisão, mas adianta que a UGT vai ficar atenta à atuação das empresas envolvidas nas empreitadas no que toca ao cumprimento dos direitos dos trabalhadores. 

Em concreto sobre a situação dos imigrantes que já cá estão e os que pretendam vir trabalhar para Portugal, rejeita que sejam impostas quotas ou dificuldades no acesso, mas mostra-se disponível para, em sede de concertação social, avaliar o que pode ser feito para melhorar as condições de acolhimento.

Entrevista de Rosário Lira (Antena 1) e Catarina Almeida Pereira (Jornal de Negócios)

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