Os proveitos dos bancos nacionais deverão ser menores do que os dos últimos doze meses. Por outro lado, maior competitividade terão as empresas que tragam novos produtos financeiros.
À beira de entrar em 2023, a banca portuguesa previa “mais imparidades, custos operacionais mais altos devido à inflação, custos salariais a crescerem, subida do custo do passivo (depósitos) devido ao aumento das taxas de juro e subida dos custos de financiamento”. Claro que esses riscos tiveram um reverso da moeda, sob a forma de lucros recorde.
Os cinco principais bancos portugueses registaram lucros agregados de 3.288 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 70% do que no mesmo período do ano anterior, sobretudo devido ao aumento da margem financeira (diferença entre os juros pagos nos depósitos e os juros cobrados nos créditos). Entre os bancos europeus, os portugueses foram dos que remuneraram pior os depósitos, pelo que foram os que mais beneficiaram com a subida das taxas.
Mas a evolução da inflação nos países da zona euro e a atitude do BCE face às taxas de juro deixam uma (quase) certeza: 2024 não será igual no que toca a proveitos na banca nacional.
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