Um ano de prisão para homem que fez duas fogueiras em Milheirós de Poiares

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O homem residente na Feira, que se encontrava acusado do crime de incêndio florestal, em que terão ardido menos de dois metros quadrados de mato, em Milheirós de Poiares, foi condenado, esta tarde, a um ano de prisão, com pena suspensa por igual período.

O Tribunal de Santa Maria da Feira deu como provado a maioria dos factos, mas alterou a moldura criminal, passando o crime de incêndio florestal para a forma tentada.

De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), o arguido provocou dois focos de incêndio junto ao Parque de Lazer da Azenha, na Freguesia de Milheirós de Poiares, em setembro de 2021.

Os incêndios ficaram-se por cerca de um metro quadrado em cada um dos locais. Ainda de acordo com o MP, o homem foi surpreendido por dois funcionários de uma empresa próxima que acabariam por retê-lo e entregá-lo à GNR. Mais tarde foi a vez da Polícia Judiciária (PJ) ficar com o processo.

O arguido tinha na sua posse tabaco e pelo menos dois isqueiros.

É igualmente referido que, tendo em conta as condições do terreno e as temperaturas, aqueles focos de incêndio rapidamente poderiam ter originado um incêndio de dimensões consideráveis. O que só não terá acontecido devido à intervenção dos funcionários da empresa.

Facto realçado pelos dois inspetores da PJ que foram ouvidos na qualidade de testemunhas nesta sessão de julgamento.

Contudo, segundo os funcionários da empresa que confrontaram o arguido no local dos factos, tratavam-se de duas pequenas fogueiras, com cerca e 60 centímetros de diâmetro, sendo que uma delas estava já praticamente apagada quando ali chegaram.

A outra ficou quase extinta depois de pedirem ao arguido para deitar sobre a mesma a água que ali tinha numa garrafa.

Mesmo assim, os bombeiros de Arrifana deslocaram-se ao local para procederem a um rescaldo efetivo.

Perante o coletivo de juízes, o arguido justificou-se que estava naquela zona à espera que um jovem lhe trouxe-se o telemóvel que tinha ficado esquecido num café e que, enquanto esperava, decidiu fazer a fogueira.

"Fiz uma fogueirita para passa o tempo", referiu o homem dizendo, ainda, que, naquele local, corria um vento "mais fresco".

"Fiz aquela fogueira para depois apagar e ir à minha vida", justificou

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