Um oásis desportivo no meio da grande metrópole de Toulouse

Um pedaço de terra rodeado de água por todos os lados. A definição que lhe apresentamos não engana e é aprendida nos primeiros de escolaridade: é uma ilha. E é numa ilha que o Benfica vai jogar esta quinta-feira. O estádio do Toulouse está fixado, desde sempre, na Ilha de Ramier.

Os dois braços do rio Garona isolam da densa cidade de Toulouse a ilha de Ramier, tal como a ilha de Saudrune, a ilha de Empalot e os ilhéus Banlève e Lapins.

O acesso a Toulouse não existiu até ao século XII, mas desde que as pontes passaram a ser uma realidade (com maior segurança, apenas no século XIX), aquelas pedaços de terra passaram a ser desejados: moinhos, muita atividade industrial, uma central hidroelétrica e na entrada do século XX, mais concretamente em 1904, o desporto, lado a lado com os estudos científicos passaram a mandar na ilha de Ramier.

Crescer com espaço

Mesmo sem poder pensar em ser maior que a área, os espaços projetados de forma quase perfeita pelos arquitetos paisagísticos fizeram da ilha de Ramier um centro desportivo em toda a sua plenitude.

O que começou por ser um parque de lazer com mais de 50 hectares, passou a alto rendimento num abrir e fechar de olhos. Os clubes de remo mudaram-se para aquela zona, foram construídos campos de ténis e no final dos anos 20, o arquiteto Jean Montariol foi desafiado a projetar uma piscina. Quis acrescentar um estádio de futebol et voilà... 

Em 1949, apenas, por força da 2ª Grande Guerra Mundial, pois começou a ser construído em 1937, foi inaugurado o estádio de Toulouse. Apelidado de Le Petit Wembley, a agora casa do Toulouse FC já recebeu jogos de grandes competições que passaram em França, nomeadamente o Mundial de 1998, o Campeonato da Europa de 1996, tudo isto em futebol, mas também os mundiais de rugby de 2007 e 2023.

Na ilha de Ramier, hoje em dia, além do estádio e das piscinas municipais, estão sediado o instituto de mecânica e ainda o Campus Universitário Daniel Faucher.