Um pesadelo sem fim

6 meses atrás 82

Depois da derrota traumática contra o Estoril, o FC Porto voltou a viver uma noite de pesadelo no campeonato. Na receção ao Vitória SC, os dragões realizaram uma das piores exibições da temporada e perderam por 1-2 - a sexta derrota da temporada na Liga.

Com este resultado, os dragões continuam a nove pontos do Benfica - segundo classificado - e o título é cada vez mais uma miragem. Do lado contrário, o Vitória SC aproveitou o tombo do SC Braga e, não cola-se ao quarto lugar (56 pontos), como também fica a dois pontos dos azuis e brancos na tabela.

Em relação ao jogo, Sérgio Conceição e Álvaro Pacheco - sem surpresas - mexeram e muito. Danny Namaso e Jorge Sánchez, do lado do FC Porto, foram as grandes novidades, enquanto Jorge Fernandes, Afonso Freitas e Kaio foram as grandes mudanças do lado vitoriano.

Flechas com pontaria 

Jota Silva e Galeno: as duas flechas que deram vida à primeira parte, tendo sido - de resto - os autores dos três golos do primeiro tempo. Galeno, não obstante, talvez com demasiada pontaria...

O internacional brasileiro marcou dois golos - um autogolo, de forma despropositada, e outro na baliza certa -, enquanto o internacional português foi importante no lance do autogolo de Galeno, marcou o 0-2 e gelou o Dragão.

Começamos pelo português: quinto jogo consecutivo - para a Liga - a marcar. O que dizer? Entrou com tudo no Dragão e teve influência nos principais desgostos azuis e brancos: aos 12', «tapou» a visão a Galeno que, sem perceber a direção e intensidade da bola, desviou para a própria baliza e, ao minuto 33, na cara de Diogo Costa - após uma falta de concentração/sincronia da defensiva portista incrível -, finalizou com grande qualidade.

Com o 0-2, o público ouviu-se - coro de assobios impressionante - e a resposta de Conceição não tardou: na sequência do segundo golo, Taremi, Jaime e Zé Pedro estiveram perto de entrar em campo, vestiram o colete e - nesse exato momento - o FC Porto reduziu: desenho ofensivo de Pepê - Namaso - Galeno terminou com o 1-2. O Dragão respirou de alívio, mas a apatia portista na primeira meia hora foi inexplicável.

Emoção, confusão e pouco futebol

Segundo tempo de muito (muito!!) pouco futebol. O FC Porto entrou forte - emocionalmente revigorado com o 1-2 perto do final da primeira parte -, mas pouco conseguiu criar. Ora Francisco Conceição pegava na bola e decidia agitar alguma coisa, ou nada se criava do lado portista.

Por outro lado, o Vitória SC - estável e organizado - optou por defender de forma média-alta e segurou o ímpeto do FC Porto. Isto... até aos 70', momento da expulsão de Pepe. Aos 41 anos, de forma inexplicável, o central dirigiu-se de forma agressiva ao árbitro assistente - fez ainda o sinal de que o árbitro necessitava de óculos - e viu ordem de expulsão.

A partir daqui, muita transpiração, emoção, coração, mas pouco discernimento. Nem o Vitória SC aproveitou o facto de jogar contra 10, nem o FC Porto conseguiu lutar contra uma fase difícil da temporada.

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