Um suspiro de alívio!

8 meses atrás 67

Que emoção!

Na abertura da segunda volta do campeonato, Famalicão e SC Braga protagonizaram um duelo impróprio para cardíacos e no qual a incerteza no marcador imperou até ao último segundo. No final, os arsenalistas conseguiram triunfar (1-2) com um golo a fechar o período de descontos e afastaram- ainda que forma parcial- o cenário de crise que se ia abatendo sobre a equipa.

Os condimentos para o jogo pareciam ser os ideais: enquanto o Famalicão procurava chegar à segunda vitória consecutiva pela primeira na presente temporada, o SC Braga tinha como objetivo de voltar aos triunfos, isto depois do empate com o Vitória SC e das derrotas com Benfica e FC Porto.

Entrada imperial em casa

Neste duelo de objetivos, acabaram por ser os visitados a entrar melhor no encontro. Com ambas as equipas montadas em 4-2-3-1, Chiquinho, logo aos nove minutos, obrigou Matheus a uma defesa apertada. O Famalicão, de resto, esteve bastante confortável no momento da pressão nos primeiros minutos, tendo o inevitável Zaydou Youssouf assumido papel de destaque neste capítulo.

No plano oposto, Gustavo Sá fez questão de justificar os elogios que Roberto Martínez lhe havia feito há dias e foi o farol que orientou todo o processo ofensivo da equipa de João Pedro Sousa (e ainda ‘sacou’ amarelos a Vítor Carvalho e Pizzi).

O SC Braga, algo apático, só teve duas ocasiões relativamente perigosas nos primeiros 45 minutos, ambas protagonizadas por Ricardo Horta. Na primeira, Luiz Júnior travou o remate do capitão arsenalista; na segunda, o remate do 21 saiu por cima.

O intervalo chegou assim com o nulo no marcador

E tudo Djaló resolveu

No reatamento da partida, Artur Jorge lançou Zalazar para o lugar de Vítor Carvalho, não só com o objetivo de poupar o brasileiro do segundo amarelo, mas também na esperança de que o uruguaio pudesse mostrar o nível pormenores do nível que tem apresentado ultimamente. Em vão (pelo menos nos primeiros minutos da segunda parte- já lá vamos).

Os Gverreiros do Minho foram perdendo algumas bolas no setor intermediário e o ‘Vila Nova’ foi aproveitando para ganhar confiança. Assim, já depois de Théo Fonseca ter desperdiçado uma boa oportunidade ao segundo poste (já havia tido uma chance semelhante aos 13’), Cádiz abriu o ativo pouco depois da hora de jogo. Após um corte com a mão de José Fonte no interior da área, o avançado venezuelano não tremeu e bateu Matheus de penálti.

A partir daqui, há mérito na forma como Artur Jorge mexeu na equipa. A perder, o técnico do SC Braga lançou Roger e Bruma, sendo que, aquando da entrada do segundo, o primeiro passou a jogar como latera-direito. Com Moutinho a coordenar a maioria das jogadas do SC Braga- o que joga o internacional português aos 37 anos!-, os bracarenses fizeram o empate aos 73’. 

Depois de Bruma ter obrigado Luiz Júnior a uma defesa apertada, Roger teve um falhanço inacreditável na recarga, mas o esférico, de forma algo caprichosa, sobrou para Borja. Em boa posição, o lateral-esquerdo só teve de empurrar para o golo, levando assim ao delírio os cerca de 300 adeptos que fizeram a curta viagem entre Braga e Famalicão.

Com Bruma a assumir o papel de desequilibrador, a partida assumiu contornos alucinantes na reta final. José Fonte viu ser-lhe assinalado novo penálti, ainda que o VAR tenha revertido a decisão. No último suspiro, Álvaro Djaló subiu mais alto do que toda a gente na sequência de um canto e atirou de cabeça para o fundo das redes de Luiz Júnior.

Desta forma, os bracarenses aproximam-se do pódio e voltam a pressionar as equipas que seguem acima na tabela, no caso o FC Porto, o Benfica e o Sporting.

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