Um tempo para a intervenção de todos

2 meses atrás 75

Todos devemos assumir o nosso papel nos desafios que o mundo enfrenta. Este é um verdadeiro dever. A geopolítica contemporânea é marcada por crises interligadas, como os conflitos armados, as crises migratórias, as mudanças climáticas e a instabilidade económica. Todas com repercussões globais diretas sobre as populações.

Diante das complexas condições geopolíticas atuais, é crucial fomentar uma cidadania participativa, que transcenda os limites individuais e corporativos. A instabilidade política, as tensões económicas e os desafios ambientais exigem uma resposta coletiva e consciente que não se restrinja às fronteiras nacionais nem aos interesses imediatos.

A cidadania participativa não se pode limitar ao exercício do voto. Deve abranger uma participação contínua na vida política, económica e social de qualquer país. Inquietar-se com as questões locais e globais, participar ativamente em organizações não governamentais, movimentos sociais, fóruns de debate e tomar decisões conscientes. São papéis cruciais que toda a população deverá desempenhar para influenciar políticas públicas que reflitam verdadeiramente as necessidades da sociedade e promovam um desenvolvimento sustentável e inclusivo.

No âmbito corporativo, as empresas desempenham um papel crucial, quer como motores da economia e do seu crescimento, quer na sua responsabilidade na promoção da cidadania participativa.

Além de adotar práticas de responsabilidade social corporativa (RSC), como a sustentabilidade e o respeito pelos direitos humanos, as empresas devem incentivar os seus colaboradores a participarem de atividades voluntárias e a envolverem-se em questões cívicas. Isso não apenas fortalece o tecido empresarial, mas também contribui para o bem-estar social e ambiental, indo além do lucro para promover um impacto positivo duradouro na comunidade e no meio ambiente.

A globalização e digitalização têm aumentado a conexão entre pessoas e países, mas também introduziram novos desafios, como a rápida disseminação de informação e desinformação. Portanto, é crucial promover a educação cívica e política, para capacitar os cidadãos a participarem de forma mais consciente e eficaz. Somente através do compromisso coletivo, entre a participação individual e corporativa, podemos enfrentar as complexidades contemporâneas.

Cada pessoa deve reconhecer o seu papel e contribuir ativamente para fortalecer a democracia e a coesão social, criando assim uma sociedade resiliente e capaz de prosperar diante das adversidades.

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