Universidade em Macau quer ajudar empresas da Marinha Grande a entrar na China

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A USJ assinou um acordo com a Câmara Municipal da Marinha Grande que prevê a realização de workshops de empreendedorismo e a organização de missões comerciais à China para as empresas locais.

O chefe da delegação da USJ em Portugal, Francisco Peixoto, afirmou que um dos workshops terá como tema "a capacidade de fazer negócios" na área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.

A Grande Baía é um projeto de Pequim para integrar Hong Kong, Macau e nove cidades da província de Guangdong numa região com mais de 86 milhões de habitantes e uma economia superior a um bilião de euros em 2023.

O objetivo é "apoiar as empresas do concelho [da Marinha Grande] na internacionalização, através do sistema de incubação [da USJ], (...) que está neste momento a ligar Portugal, Macau e a ilha de Hengqin", disse Peixoto.

Em março de 2023, a USJ criou uma incubadora de negócios para atrair `startups` dos países de língua portuguesa e ajudar empresas de Macau a apostar nos mercados lusófonos.

Em fevereiro passado, a universidade assinou um acordo para estabelecer uma incubadora de negócios em Hengqin, numa parceria com o Sany Group, um dos maiores fabricantes chineses de máquinas pesadas para a construção civil.

No caso das missões comerciais, a USJ quer "criar condições para que as micro, pequenas e médias empresas" da Marinha Grande "consigam uma internacionalização mais forte", disse Peixoto.

O representante da universidade sublinhou que o protocolo com a Marinha Grande é "um projeto-piloto", acrescentando que outros acordos semelhantes se podem suceder com outros concelhos portugueses.

Este protocolo, assinado a 03 de outubro, envolve também o Agrupamento de Escolas da Marinha Grande, Poente, tendo, neste caso, como alvo os alunos finalistas do ensino secundário do concelho do distrito de Leiria.

Peixoto disse que a USJ vai disponibilizar bolsas de estudo para estes alunos, no âmbito do "número considerável" de bolsas abertas anualmente para estudantes dos países de língua portuguesa.

O número concreto de bolsas oferecidas vai depender "das reais necessidades do concelho" e do interesse demonstrado pelos alunos da Marinha Grande em estudar na região semiautónoma chinesa, disse o responsável.

"Esperemos que em setembro do próximo ano já possamos contar com alunos da Marinha Grande", acrescentou Peixoto.

VQ // EJ

Lusa/Fim

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