Vacina contra o cancro do pulmão já está a ser testada em seres humanos

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Um homem, residente em Londres, tornou-se o primeiro ser humano a receber uma vacina experimental que tem o objectivo de prevenir o cancro do pulmão. A vacina, denominada BNT116 foi administrada no National Institute for Health Research (NIHR). Esta vacina usa a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) para que o sistema imunitário do paciente identifique e combata Carcinomas de pulmão de células não pequenas, que correspondem a cerca de 85% dos diagnósticos de cancros do pulmão em todo o mundo.

Embora os tratamentos de quimioterapia possam ajudar os pacientes a combater Carcinomas de pulmão de células não pequenas localizados, têm vários inconvenientes. Normalmente, são feitos em conjunto com outros tratamentos, como cirurgia ou radioterapia, são demorados, caros e difíceis para os pacientes. A quimioterapia também tem o problema de matar células indiscriminadamente, o que pode resultar em danos em órgãos que não foram afectados pela doença, perda de massa óssea, náuseas e outros efeitos secundários.

Estas desvantagens foram um dos motivos para o desenvolvimento de terapias alternativas com menos impacto no corpo dos pacientes. As vacinas, que ensinam o sistema imunitário a combater uma determinada doença são uma destas terapias. E a empresa alemã BioNtech tem vários programas de desenvolvimento de vacinas mRNA para certos tipos de cancros, como o do pâncreas e o do pulmão.

Numa comunicação publicada na sexta-feira, o NIHR revelou que administrou a primeira dose da vacina BNT116 a um ser humano. O paciente de 67 anos, chama-se Janusz Racz e foi diagnosticado com cancro do pulmão em Maio, tendo começado tratamentos de quimioterapia e radioterapia logo a seguir ao diagnóstico. Vai receber seis doses da vacina de cinco em cinco minutos, uma vez por semana durante seis semanas. A seguir, vai receber uma dose a cada três semanas, durante 54 semanas. A equipa de médicos espera que a BNT116 consiga prevenir o regresso da doença e que seja segura para utilização em humanos.

Este teste é o primeiro de um estudo de larga escala que terá cerca de 130 participantes, que vão receber a BNT116 em sete hospitais em sete países. O estudo vai envolver pacientes em vários estágios da doença. Os participantes nos primeiros estágios da doença não podem ter recebido tratamentos convencionais. Já os que estão nos estágios mais avançados podem já ter sido tratados através de cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

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