Vaticano pede aos europeus que "recordem as suas raízes migratórias"

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O Vaticano apelou aos europeus, esta segunda-feira, para que "recordem as suas raízes migratórias" e que reconheçam os migrantes como "irmãos e irmãs". 

Esta posição, segundo a AFP, foi transmitida pelo cardeal Michael Czerny, responsável máximo do Vaticano pelas migrações, que pediu uma atitude mais fraternas, a poucos dias das eleições europeias.

"Seria útil que os europeus recordassem as suas raízes migratórias (...) É uma pena que, após uma ou duas gerações, uma família se esqueça", afirmou o Cardeal canadiano Michael Czerny, secretário do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, em conferência de imprensa.

"Muitas vezes, a propaganda ou a ideologia sugere que os migrantes fogem por prazer ou aventura: isto é falso, falso, falso. É lamentável que tenhamos de continuar a insistir nisto. É muito importante compreender o que significa ser impelido pela realidade, pela história, para fugir", defendeu.

Desta forma, o cardeal considerou que, "em vez de rejeitar e reprimir as pessoas que estão a deslocar-se", "devemos prestar atenção aos fatores de pressão e atração por trás da migração forçada".

"Nós também fugiríamos se sofrêssemos tais pressões. Portanto, tentemos ver os migrantes como irmãos e irmãs, sejam eles obrigados a fugir ou retidos na fronteira, ou ambos. As suas viagens de desespero e esperança poderiam ser as nossas", completou.

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