Veterano John Swinney é o 3.º primeiro-ministro da Escócia em 14 meses

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Swinney, um veterano que liderou o SNP há duas décadas (2000-2004), foi o único candidato conhecido a suceder ao primeiro-ministro demissionário Humza Yousaf na liderança do partido.

O SNP tem estado em turbulência desde que a primeira-ministra Nicola Sturgeon se demitiu abruptamente no ano passado durante uma investigação financeira que resultou em acusações criminais contra o seu marido Peter Murrell, que era o diretor executivo do partido.

Swinney, de 60 anos e militante do partido desde os 15, tem como desafio estabilizar o SNP e resistir às tentativas da oposição para desgastar o principal partido escocês na aproximação às eleições legislativas no Reino Unido, previstas para o final deste ano.

O partido independentista está sobretudo vulnerável ao Partido Trabalhista, que lidera as sondagens no Reino Unido.

O SNP ficou enfraquecido pelo escândalo financeiro e por cisões internas sobre os direitos dos transexuais, mas Humza Yousaf acabou por ser derrubado pela decisão de romper com a coligação mantida com os Verdes devido a divergências sobre metas climáticas.

O fim áspero da coligação irritou os Verdes, que se preparam para votar a favor de uma moção de censura ao primeiro-ministro escocês.

Com 63 dos 128 lugares na assembleia de Holyrood, falta um assento ao SNP para ter maioria absoluta no parlamento regional escocês, pelo que tem de se associar a pelo menos um partido da oposição.

Incapaz de conseguir persuadir outros partidos a apoiarem o seu governo minoritário, Yousaf assumiu o erro de cálculo político e demitiu-se em vez de ser forçado a sair 13 meses após ter subido ao poder.

Visto como um candidato de continuidade de Nicola Sturgeon, Yousaf, de 39 anos, herdou um partido órfão de uma líder carismática e popular. 

Sturgeon foi primeira-ministra durante oito anos, mas demitiu-se inesperadamente em fevereiro de 2023, invocando o "impacto físico e mental" de conduzir o país durante a pandemia de covid-19.

Cerca de um mês depois, o marido de Sturgeon foi detido durante uma investigação policial à forma como foram gastas 600 mil libras (700 mil euros, no câmbio atual) destinadas à campanha pela independência da Escócia.

Sturgeon e Colin Beattie, o antigo tesoureiro do partido, foram mais tarde detidos e interrogados no âmbito do inquérito, mas foram libertados sem serem acusados de qualquer crime. 

Peter Murrell foi acusado no mês passado de desvio de fundos.

Swinney, que foi vice-primeiro-ministro de Sturgeon mas demitiu-se quando ela deixou o cargo, tem agora como missão restaurar a unidade do partido.

Em particular, prometeu dar à potencial rival Kate Forbes, 34 anos, vencida em 2023 por Yousaf, "um lugar importante" na sua futura equipa.

Nos últimos dias, comprometeu-se a liderar um executivo de centro-esquerda centrado na economia, no emprego, no custo de vida, no serviço nacional de saúde, nas escolas, nos serviços públicos e na "crise climática". 

Swinney identificou o 'Brexit' (a saída britânica da União Europeia) e a crise do aumento do custo de vida, que atribuiu aos políticos em Londres, como problemas prioritários e prometeu ainda continuar a tentar persuadir as pessoas da necessidade da independência da Escócia, que os eleitores rejeitaram em 2014 num referendo.  

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