Villas-Boas ataca: "Ausência de transparência é cada vez mais evidente"

7 meses atrás 60

André Villas-Boas, candidato à presidência do FC Porto, apresenta esta quinta-feira José Pedro Pereira da Costa como Chief Financial Officer (CFO) da sua lista, ele que será o seu responsável pelas finanças dos azuis e brancos

À semelhança do que aconteceu na semana anterior com a apresentação de António Tavares e de Angelino Ferreira como candidatos à liderança da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal e Disciplinar, respetivamente, André Villas-Boas deixou críticas à gestão do FC Porto e ao trabalho da equipa liderada por Jorge Nuno Pinto da Costa.

"Tem sido encorajador assistir à crescente onda de apoio e à vontade de mudança por parte dos associados desta candidatura. Relembro todos os sócios que em abril é fundamental exercerem o seu direito de voto. As próximas eleições do FC Porto devem ser marcados por serem as mais votadas de sempre. Com a vossa força e vosso voto, conseguiremos a mudança que pretendemos para o FC Porto. O FC Porto surgiu da vontade de alguns homens que consideraram que, através do desporto e do associativismo, a voz e os valores da sua região e das gentes sairiam mais fortes", começou por dizer o antigo treinador do FC Porto.

"Esta ideia, este espírito, acompanhadas de trabalho e resultados, fizeram deste clube o que é hoje. Um clube sediado no Porto, mas com presença e ambição que deve ir além fronteiras, valorizando os nossos associados e reforçando o seu sentido de pertença a esta grande instituição. Um clube onde deve imperar o sentido comum, o conceito de união, a empatia e o reconhecimento. Um clube e suas cores que nos apaixonaram quando, pela primeira vez, entrámos no seu mundo pela mão de um avô, dos pais, de um tio, de um primo ou de um amigo", prosseguiu Villas-Boas.

"Um clube de gente séria, honesta e esforçada que, com as suas quotas, gentes e apoio às várias modalidades, contribui para o manter vivo e torná-lo maior. Um clube dos sócios e para os sócios. A grande maioria dos portistas sente que o respeito pela história e tradição está a perder-se. Não se sentem dignificados e nem todos são tratados equitativamente. O clube aparenta ser um quintal, com uma galinha dos ovos de ouro que serve alguns, enquanto o futuro está cada vez mais hipotecado. O degradar permanente da situação financeira é o reflexo da inoperância de uma gestão gasta e antiquada, com uma comunicação ligada ao passado que teima em se expandir, vivendo de guerrilhas que afetam o crescimento. 85% dos associados do FC Porto estão em três distritos apenas: Porto, Braga e Aveiro. No centro e sul resistem apenas os bravos e somos cada vez menos. Estamos parados no tempo e ao sabor do vento. Na última década fomo-nos habituando a um degradar da situação financeira do nosso clube. Hoje fala-se em dívidas, passivo, processos, em saídas a custo zero e de terceiros a lucrarem indevidamente com o clube, e sempre à coberto de uma ausência de transparência cada vez mais evidente", atirou.

[Notícia em atualização]

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