Villas-Boas fala em sondagens e revela: «Os números dão-nos a vitória»

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A poucos dias das eleições para eleger os novos órgãos sociais do FC Porto, André Villas-Boas, candidato da Lista B, revelou que as sondagens realizadas apresentam números favoráveis à sua eleição. Em longa entrevista ao jornal O Jogo e à Rádio TSF, onde falou sobre as contas do clube e a relação com as claques, Villas-Boas revelou também as sondagens que têm sido feitas.

Na sequência das recentes decisões tomadas pelo clube em relação à Academia da Maia, AVB mostrou-se desagradado com a «urgência» com que estas decisões foram tomadas, faltando tão pouco tempo para o ato eleitoral.

«Eu fico profundamente desagradado com a urgência do Sr. Presidente em terminar estas ações, porque me dá a entender que está a ultrapassar os reais interesses do FC Porto. O Presidente terá os mesmos números que eu tenho relativamente ao ato eleitoral em termos de sondagens e custa-me ver que estas decisões estejam a ser aceleradas e que esteja a vincular o futuro do FC Porto quando outras direções podem ter opiniões totalmente diferentes», começou por dizer, revelando que os números são favoráveis à sua candidatura.

«Eu não os queria partilhar aqui, mas são números que nos dão a vitória. Claro está que depois no dia das eleições as pessoas poderão ser influenciadas emocional ou racionalmente no seu voto, porque há sempre fatores que contam a favor ou contra», acrescentou, revelando que a vitória nas sondagens «é por números que dão conforto».

Número de sócios votantes preocupa

Porém, há um aspeto que preocupa AVB. É que, «dos 75 mil sócios com capacidade eleitoral, só 30 mil é que estão com as suas quotas em dia para votar. Ou seja, há 45 mil sócios que não têm a sua quota de março regularizada e que não estão em capacidade votante».

Posto isto, o candidato da Lista B mostrou-se mais cauteloso em relação às sondagens: «Vamos ver. Não quero hastear a bandeira da vitória porque há coisas que só se decidem no dia e principalmente tendo em conta o que acabamos de falar. Quando esperamos que votem pessoas que nunca votaram num ato eleitoral do FC Porto, ou seja, que o número de pessoas que nunca votaram é superior ao número de pessoas que já votaram numas eleições, assusta-me que 45 mil sócios ainda não tenham a sua quota regularizada para se tornarem elegíveis para votar. Portanto, é preciso bater nesta tecla porque se calhar estão nestas 45 mil as pessoas que poderão ditar a mudança. Se estamos a falar de 30 mil, se calhar todos os números se aproximam e podemos ter aqui uma interpretação totalmente diferente», finalizou.