Villas-Boas: «O Dragão devia-se chamar Estádio Jorge Nuno Pinto da Costa»

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No seguimento dos vários temas cogitados nas declarações tecidas na visita à Casa do FC Porto de Cantanhede, André Villas-Boas frisou a importância de uma formação sustentável, assim como a relação com os vários empresários do mundo do futebol e o naming do Estádio do Dragão.

«Os projetos de formação são a grande sustentabilidade do clube, é preciso formar mais e melhor. Não se pode ter medo de chamar os jogadores precocemente à equipa principal. Há decisões soberanas do treinador, mas há uma filosofia desportiva do clube que se sobrepõe a essas decisões. Um FC Porto formador dos melhores talentos desportivos, que fornece à equipa principal e são o garante a longo prazo da sustentabilidade financeira. Parecido com Club Brugge, Barça, Ajax, Athletic Bilbau. Há quase um assumir de risco», explicou.

«Nos últimos anos do Xavi em Barcelona, quantos miúdos de 17 anos se estrearam? Isto é cultura Barça. A Superliga Europeia é a Premier League. Na Youth League estariam 20 olheiros de 20 grandes clubes europeus, o talento não foge a ninguém. Uma direção com planeamento protege os seus talentos dos tubarões que andam aqui à volta», disparou ainda.

«O FC Porto não se livra de negociar com todos os agentes. Livra-se é de cometer barbaridades com comissões e intermediações e particularmente com a mesma pessoa. Serei intransigente com qualquer pessoa que tenha lesado o FC Porto. Não se podem cometer atos bárbaros de gestão que privilegiem determinados agentes ano após ano», garantiu, antes de comentar que o naming do Estádio do Dragão, seria uma boa forma de homenagear Pinto da Costa.

«Sempre achei que o Dragão se devia chamar Estádio Jorge Nuno Pinto da Costa. Os naming rights são uma fonte de receita que os três grandes estão à procura neste momento e que, quando esta Direção tomar posse, já fará parte de acordos comerciais de futuro. A pressão que está inerente ao legado que é deixado é constante e isso serão os associados que recordarão eternamente a sua presença. O saudosismo com que se recordarão», enalteceu.

«Os pontos de comparação sempre com os melhores do mundo, a sua presença estará sempre presente em vocês. Haveremos de arranjar forma, poderemos engrandecer a sua parte no museu em sua honra, não em memória, porque queremos que continue connosco por muitos anos», finalizou André Villas Boas.