Vingegaard admite concorrência forte no Tour

6 meses atrás 44

Jonas Vingegaard aposta tudo na vitória no Tour Yoan Valat - EPA

Jonas Vingegaard reconheceu que o próximo Tour será o mais duro de sempre em termos de adversários, mas garantiu que continuará a ser esse o principal objetivo da temporada velocipédica, que inicia na quinta-feira, n’O Gran Camiño.

Ainda antes da hora marcada para a conferência de imprensa, realizada num hotel na Corunha (Espanha), já o dinamarquês da Visma-Lease a Bike estava preparado para responder às perguntas dos jornalistas, numa sala demasiado pequena para o aforo e para tamanha expectativa.

É a minha primeira corrida, estou muito feliz por estar aqui novamente. Tive um ótimo inverno, sem sobressaltos. Penso que a forma está onde eu queria que estivesse e que estou preparado para começar a correr. Tenho boas memórias do ano passado e espero que possamos criar memórias ainda melhores este ano”, declarou o campeão em título d’O Gran Camiño.

Tal como em 2023, Jonas Vingegaard voltou a escolher a prova galega, que decorre entre esta quinta-feira e domingo, para iniciar a temporada, uma eleição que justificou com a “experiência muito boa” que viveu há um ano.

Gostei muito. Claro que o tempo não foi o melhor, mas é como é e não é algo que possamos mudar. Gosto do percurso, da organização, foi por isso que decidimos voltar”, sustentou.

Apesar dos seus 27 anos, o bicampeão do Tour continua a parecer um miúdo, franzino, tímido. Inicialmente munido de um café, e sempre com um pequeno sorriso, aquele que já se lhe conhece das entrevistas após as etapas da "Grande Boucle", falou sobre o desejo de voltar à estrada, cinco meses após a sua última prova, a Volta a Espanha, em que foi vice-campeão atrás do colega Sepp Kuss.

Tour é o objetivo principal da época

O meu principal objetivo será novamente o Tour. Farei tudo ao meu alcance para estar na melhor forma possível para essa prova. Apesar de ele ir estar no Giro antes, espero que o (Tadej) Pogacar esteja no seu melhor na Volta a França, assim como o Primoz (Roglic) e o Remco (Evenepoel). Teremos uma ótima luta”, antecipou.

Provavelmente, também será o Tour mais difícil de ganhar. Temos de olhar para nós e fazer a melhor preparação possível. Se não for o suficiente, é porque houve alguém mais forte”, pontuou.

A 111.ª edição da Volta a França marcará ainda o primeiro confronto entre Vingegaard e Roglic desde que o esloveno, campeão em título do Giro e três vezes vencedor da Vuelta (2019-2021), trocou a então Jumbo-Visma pela BORA-hansgrohe.

Vai ser muito diferente. Nos últimos cinco anos, fomos colegas e sempre nos apoiámos, e agora vamos estar em lados opostos. Temos de lutar ambos pela vitória, pelo que suponho que haverá um sentimento estranho”, avaliou sobre "Rogla", que saiu da equipa para ter a hipótese de concretizar o sonho de conquistar o Tour.

Preparado para iniciar esta quinta-feira a temporada, com um contrarrelógio de 14,8 quilómetros com partida e final na imponente e histórica Torre de Hércules, na Corunha, um exercício que estima “muito importante” por haver “muitos contrarrelógios” na "Grande Boucle", Vingegaard disse ainda não saber se estará na Volta a Espanha.

Ler artigo completo