Ministério Público criou secções integradas, PSP ampliou equipas multidisciplinares e GNR reforçou efetivo. Este ano já foram mortas 14 mulheres por um companheiro ou ex-companheiro. Em todo o ano de 2021 registaram-se 16 mulheres assassinadas.
Ao longo dos últimos anos, várias medidas foram implementadas para combater o flagelo da violência doméstica em Portugal. O Conselho Superior do Ministério Público criou as Secções Especializadas Integradas de Violência Doméstica (SEIVD), a PSP apostou em equipas multidisciplinares para proteger vítimas e a GNR reforçou o número de militares afetos à investigação de crimes de violência doméstica. Mas, perante as mortes registadas nos últimos dias, nada parece resultar.
Sara Barros, atingida a tiro em Cascais, foi a 14.ª mulher a ser morta em 2022 por um companheiro ou ex-companheiro e a segunda a ser baleada na cabeça esta semana por um ex-marido. A outra vítima, de Marco de Canaveses, estava, na quarta-feira, hospitalizada em estado crítico. Em todo o ano de 2021 foram assassinadas 16 mulheres.