Violência no desporto sobe 47%

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01:52

Casos passaram de 4.135 em 21/22 para 6.099 em 22/23. Pirotecnia causa metade dos incidentes

Entre 1 de julho de 2022 e 30 de junho de 2023 houve mais 1.964 episódios de violência associados ao desporto face ao período homólogo de 2021/22, o que representa um acréscimo de 47%: dos 4.135 então verificados para os 6.099 registados na época passada. Os dados foram apresentados no Relatório de Análise da Violência em Contexto Desportivo (RAViD) ontem divulgados e evidenciam outra realidade: os incidentes relacionados com a pirotecnia (3.033) representam quase metade das ocorrências, registo agravado face aos 1.827 casos anteriormente verificados.

Da globalidade das 6.099 ocorrências, 5.648 aconteceram no futebol, 303 no futsal e 148 nas restantes modalidades, com 1.426 indivíduos suspeitos a serem identificados (face aos 843 verificados anteriormente), 242 a ficarem detidos (tinham sido 135) e 482 a serem expulsos ou impedidos de entrar em espaços desportivos (foram 190 no período homólogo).

No futebol, cujo peso subiu 48% face a 2021/22, a maior incidência esteve nos jogos da 1ª Liga (2.525), seguindo-se as provas europeias (819), escalões distritais (725) e jovens (539). Sete clubes concentram 66,5% dos adeptos alvos de medidas de interdição, tais como Benfica (108), Sporting (78), FC Porto (68), Valongo (17), V. Guimarães (15) e Boavista e Sp. Braga (14 cada). Os visados foram sobretudo homens (97%) com idades entre os 21 e os 25 anos (34%), sendo que 67% integravam as claques de Benfica (95), FC Porto (64) e Sporting (56).

Por Mário Duarte

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