Ester García López, advogada da jovem que alega ter sido violada por Dani Alves, em dezembro de 2022, na casa de banho de uma discoteca, não escondeu, esta quinta-feira, a deceção para com o facto de a Justiça espanhola ter concedido liberdade condicional ao jogador.
Em declarações prestadas, esta quinta-feira, ao portal brasileiro UOL Esporte, a jurista mostrou-se contra o facto de este ter, simplesmente, de pagar um milhão de euros de fiança e entregar ambos os passaportes para aguardar, em casa, pelo veredito do recurso contra a pena de quatro anos e meio de prisão.
"Sinto que voltaram a violar-me. Estou cansada de ser forte, não quero mais ser forte", foram as palavras que a queixosa terá proferido, depois de ter tomado conhecimento da sentença, ainda que o internacional canarinho se mantenha detido.
"A sensação que fica é a de que a justiça tem um preço. A sentença já era injusta, uma vez que nunca vi uma pena tão baixa para uma violação. Nós estamos a lutar contra o poder", referiu a advogada, alertando para os perigos da decisão.
"A única diferença de lá para cá é que, entre as negativas e o aceite, ele foi condenado. O risco de fuga persiste. É inexplicável em termos legais", completou.
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