Os proprietários dos apartamentos do edifício que ardeu, no final de fevereiro, em Valência, apresentaram uma queixa em tribunal contra a construtora, acusando-a de um crime de "dano por imprudência grave".
Segundo o jornal espanhol El Mundo, os proprietários pediram ainda que sejam reabertos processos que foram arquivados pelo juiz de instrução, após a Polícia Judiciária espanhola ter descartado origem criminosa no incêndio que vitimou mortalmente dez pessoas.
Na queixa, o advogado das vítimas aponta a "prática de um alegado crime de dano por imprudência grave, relativamente a uma eventual negligência da construtora", que pode ter sido a "chave na propagação e nas consequências do incêndio".
Os proprietários defendem que devem ser investigadas as razões que levaram a que as chamas se propagassem de forma tão rápida e que causaram a destruição de praticamente todo o edifício.
Além disso, os queixosos pedem que seja aberta uma investigação para apurar se o edifício foi construído em violação do disposto no Real Decreto 2177/1996, de 4 de outubro, que aprova as condições de proteção contra incêndio dos edifícios, além se houve uma possível negligência ou imprudência cometida pela instalação do revestimento da fachada por parte dos construtores.
Recorde-se que o incêndio de grandes dimensões deflagrou num edifício de 14 andares localizado, a 22 de fevereiro, numa área residencial de Valência. As chamas propagaram rapidamente e o edifício residencial ficou destruído.
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