Vítor Bruno e a Supertaça: «O que acontecer não terá reflexo no desenrolar da época»

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O primeiro troféu da nova temporada disputa-se no próximo sábado. Sporting e FC Porto, em Aveiro, entram em campo com a Supertaça em jogo. Na antevisão ao clássico, Vítor Bruno e Diogo Costa foram os representantes da formação azul e branca. O treinador mostrou-se preparado e garantiu que a final não afetará o resto da época.

Começar 24/25 com um título: «Ganhar é sempre importante, seja em que circunstância for, contra que adversário for. Falamos de uma Supertaça, de um troféu que está em casa. Este clube está habituado à ambição e a altos níveis de conquista, mas devemos separar os caminhos. É um jogo isolado, que não terá continuidade do resto da época. Será uma época diferente, muito exigente e o que acontecer sábado não terá reflexo no que vai acontecer no desenrolar da época.»

Parecenças ao FC Porto de Conceição: «Não quero fugir a nada, mas temos de atribuir menor importância ao traço comparativo e perceber o que estará em jogo. Será uma equipa com traços que podem vir de trás, com traços novos, com nuances diferentes. Sem nunca entrar nesse lado comparativo que não traz nada de benéfico.»

Reencontro com Francico Conceição: «Foi o mesmo com o Eustáquio, o Wendell, o Pepê... Não houve tratamento diferenciado. Acabou por tornar-se um tema delicado, mas já disse que ele seria tratado da mesma forma. Tem tido um comportamento exemplar no trabalho, no trato, no respeito. Tudo absolutamente normal. É um ativo do clube que tem ganho espaço por mérito próprio e que vai continuar a traçar o seu caminho.»

Jogadores que estiveram nas seleções vão jogar?: «Já falei com base em dados concretos, falei com base em dados que temos ao dispor. Temos muitas ferramentas que permitem avaliar o ponto em que chegam os jogadores. Há vários parâmetros, emocionais, táticos, técnicos, para responder à exigência do jogo. Uns estão mais preparados, outros não tanto. Decisões já foram tomadas, uns vão a jogo, outros ficaram de fora, outros poderão entrar. É ir apalpando terreno, experimentar sensações do que o jogo estará a pedir. Podem alguns começar de início, outros ficarem no banco, outros ficarem na bancada. É o mundo atual do futebol.»

O que muda no Sporting: «O Rúben é que sabe. Ele é que sabe o que tem de mudar e como deve ajustar o jogo. A linha de quatro a defender já acontecia no passado, já foi amiúde tentando incutir essa nuance. Falei que eventualmente poderia passar a quatro não tendo o Seba. Pode agora numa defesa a quatro ver garantido esse controlo de profundidade, ter um quinto homem que apareça a espaço na linha defensiva. Depois depende do perfil individual. O Quenda como ala é uma coisa, Trincão é outra. Depende do que estiver a pensar, de que forma nós jogamos. É o jogo do gato e do rato.»

Sporting sem ala esquerdo: «Qualquer um deles, seja o Gonçalo Borges, o Gonçalo Sousa, o Francisco Conceição, qualquer um deles tem vertigem, gosta de ir para o duelo. Temos gente que pode jogar por fora e fazer quarto homem dentro, como o André Franco. Também é importante ter quem goste de guardar a bola. O Sporting está preparado e terá alguém que dará conta do recado. A nós cabe-nos encontrar formas de expor a possível deficiência que possa haver nesse lugar.»

Sem contratações até ao momento: «Enquanto a atitude diária for aquela que eu acho mais correta e estiver espelhada no campo, acho que é melhor manter o que temos. Alguma operação de mercado, pela dose de risco que envolve, pode ser um tiro no escuro. Apesar de termos confiança na administração e de termos alvos muito bem identificados, sempre segundo uma seleção e um escrutínio demasiado detalhado até pelas dificuldades financeiras. Se mantivermos toda a gente, por mim perfeito, não faço questão de ir buscar ninguém.»

A final está agendada para sábado, às 20h15, em Aveiro.

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