Volt defende celeridade na resposta aos processos dos imigrantes

3 meses atrás 64

"O que eu sinto que falta em Portugal é verdadeiramente digitalizarmos e termos processos mais céleres para qualquer imigrante, antes de chegar a Portugal, tenha uma garantia que chega bem acolhido, pode trabalhar, tem acesso aos serviços públicos e, dessa forma tornar Portugal atrativo, pelos bons motivos", acrescentou.

Duarte Costa, que falava à agência Lusa em Elvas, no distrito de Portalegre, após ter viajado de comboio de Lisboa até esta cidade raiana, defendeu também que o processamento de pedidos de asilo e imigração deve ter um prazo máximo de três meses e que os requerentes devem ser acompanhados e acolhidos durante esse período.

Admitindo que o Governo aparenta "estar interessado em agir" sobre a situação "grave e complexa" da imigração, ao apresentar um plano de ação, na segunda-feira, Duarte Marques considerou que são necessárias "outras estratégias para acelerar processos".

"Em relação às propostas do Governo não vou aprofundar muito porque, enquanto candidato às Europeias, não gosto de misturar temas nacionais com temas europeus. No entanto, há aqui um problema grave na nossa economia que é uma competência nacional, que é garantir, as pessoas que chegam a Portugal para trabalhar, que têm uma situação regularizada para depois poderem ir trabalhar", disse.

Duarte Costa considerou ainda que o Governo de António Costa deixou um "péssimo" legado em relação às políticas relacionadas com a imigração,

"Há um legado do Governo antigo (PS) péssimo, porque estamos a ver 400 mil casos atrasados, isto prejudica muito em várias áreas", lamentou.

"Prejudica a economia porque as empresas estão a ter dificuldades em recrutar quando têm pessoas disponíveis para trabalhar, prejudica, obviamente, a vida destas pessoas que está em suspenso, não só as que chegaram recentemente, são as pessoas que não conseguem renovar os seus papeis de antigamente e um terceiro impacto para todos nós que é o impacto da democracia", acrescentou.

Duarte Costa considerou que estão a ser dados "argumentos" para que "uma direita extremista e racista" consiga dessa forma argumentar contra a migração.

"Nós estamos a fazer crescer projetos que ameaçam não só a nossa democracia mas a paz social", alertou.

Em campanha eleitoral em Elvas, o candidato esteve acompanhado da cabeça de lista do Volt Espanha às eleições Europeias, Clara Panella, com quem se reuniu, tendo na agenda o projeto relacionado com a ferrovia "O corredor Madrid - Lisboa", conectividade e infraestruturas, energias renováveis, reforço da democracia e combate ao populismo.

Para o candidato do Volt Portugal, o Alentejo vive atualmente uma "má realidade" de transportes públicos, situação que considera que deve ser invertida.

"O Alentejo deveria ser uma região mais conectada e mais fácil de chegar ao resto da Europa, mas sabemos que essa não é a verdade, antes pelo contrário. Nós temos uma linha (ferroviária) muito abandonada", lamentou.

Leia Também: Reviravolta em caso de homem sem carta que surgiu em audiência a conduzir

Ler artigo completo