Von der Leyen acredita em acordo para desbloquear apoio a Kyiv

"Está a ser negociado [o acordo] intensamente com a Hungria, é a nossa prioridade. Contudo, também estão a ser preparadas soluções alternativas para a eventualidade de falhar um acordo", disse Von der Leyen, em Copenhaga, durante uma conferência conjunta com os primeiros-ministros da Suécia e da Finlândia.

A presidente da Comissão insistiu que o Tratado da União Europeia (UE) tem regras claras para "situação conflituosas" desencadeadas pelos países que integram ao bloco comunitário, aludindo ao bloqueio do acordo para revisão do quadro financeiro plurianual, que também bloqueou o pacote de 50 mil milhões de euros para apoiar a Ucrânia entre este ano e 2027.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, é desde o início da invasão russa um crítico ávido do apoio prestado pelos 27 ao país invadido.

Depois de uma reunião, em 2023, com o Presidente russo, Vladimir Putin, naquele que foi o primeiro encontro de um representante de um país da UE desde 24 de fevereiro de 2022, Orbán aumentou, no final do ano, o tom das críticas à estratégia europeia para a Ucrânia, alegando que "falhou" e que era contrária aos interesses nacionais de Budapeste.

"Primeiro é preciso negociar e encontrar uma solução", insistiu hoje a presidente do executivo comunitário.

A solução pode chegar já no dia 01 de fevereiro, já que foi convocada uma reunião extraordinário do Conselho Europeu para desbloquear o impasse húngaro.

O Parlamento Europeu tem insistido que a Hungria devia perder o direito de voto no Conselho Europeu, para evitar que continue a "chantagear" o resto da UE -- a palavra "chantagem" foi utilizada diversas vezes pelos eurodeputados durante um debate, esta semana, com a presidente da Comissão.

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