A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, apelou na manhã desta terça-feira a uma "pausa humanitária" que conduza a um "cessar-fogo sustentável" em Gaza.
Durante um discurso proferido no Parlamento Europeu, a líder do executivo comunitário afirmou que "o povo de Gaza precisa de uma pausa humanitária imediata que conduza a um cessar-fogo sustentável - e precisa disso agora", destacando os esforços da União Europeia (UE) para aumentar a ajuda para os mais necessitados no enclave palestiniano.
"Neste momento, está um navio a zarpar do Chipre para o norte de Gaza. Este corredor marítimo é o resultado de uma cooperação internacional sem precedentes. A situação no terreno é mais dramática do que nunca e atingiu um ponto de viragem", destacou Von der Leyen.
A presidente da Comissão Europeia acrescentou ainda que o mecanismo de proteção civil da UE foi ativado na sequência de "relatos de crianças a morrer de fome". "Isto não pode acontecer e temos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para o impedir", salientou.
Já no que diz respeito à situação da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), Von der Leyen confirmou que a UE prosseguirá "com o pagamento de 50 milhões de euros de apoio" e "as próximas parcelas serão desbloqueadas logo que a UNRWA tome as outras medidas" que foram acordadas em conjunto.
"Tudo isto com um objetivo simples: que cada euro que investimos seja gasto de acordo com as nossas regras e chegue aos palestinianos necessitados", salientou.
Apesar de concordar que "Israel tem o direito de se defender e de lutar contra o Hamas", Von der Leyen considerou que "a proteção dos civis deve ser assegurada em todos os momentos" na sequência daquilo que é o direito internacional.
De recordar que a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza provocou mais de 31.100 mortos em cinco meses, segundo as autoridades do governo do Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007.
Israel declarou guerra ao Hamas depois de ter sofrido um ataque sem precedentes em 7 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, de acordo com as autoridades israelitas.
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