Von der Leyen vai a prova oral no Parlamento Europeu

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Comissão Europeia

18 jul, 2024 - 01:59 • Pedro Mesquita, enviado a Estrasburgo

Já só falta a reeleição de Ursula von der Leyen para a Comissão Europeia para se cumprir à risca o acordo entre o PPE, Socialistas e Liberais. Será desta?

Von der Leyen vai a prova oral no Parlamento Europeu

O acordo foi negociado em pacote. António Costa foi eleito para a presidência do Conselho Europeu, ainda em junho, e Roberta Metsola já viu o seu nome aprovado por esmagadora maioria de eurodeputados para novo mandato como presidente do Parlamento Europeu.

Só falta Ursula von der Leyen. As principais famílias políticas negociaram entre si a reeleição da atual presidente da Comissão Europeia.

A questão é que o voto é secreto e, entre o otimismo e a certeza, há uma distância de 720 boletins. Só ao início da tarde desta quinta-feira é que poderemos saber se no topo da pirâmide continua o mesmo rosto.

O mais “top dos jobs dos altos cargos europeus, vai passar hoje pelo crivo dos 720 eurodeputados, em Estrasburgo.

A equação é esta: será o acordo negociado entre o PPE, Socialistas e Liberais suficiente para garantir a reeleição de Ursula von der Leyen como presidente da Comissão? Em declarações à Renascença, o eurodeputado Sebastião Bugalho inverte uma frase atribuída a Cavaco Silva, para manifestar o seu otimismo.

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“Eu costumo enganar-me, mas sobre este caso não tenho dúvidas e acho que Ursula von der Leyen será reeleita. Daquilo que temos sentido das três famílias políticas que formaram o acordo tripartido que decidiu o futuro das lideranças europeias para os próximos anos, é que há uma união crescente nos últimos dias e que se vai consumar esta quinta-feira”, afirma o eurodeputado eleito pela AD.

Uma confiança também manifestada à Renascença pela vice-presidente da bancada Socialista e Democrata. Ana Catarina Mendes desvia-se da polémica dos contratos para as vacinas covid-19, para sublinhar que o mais importante é cumprir os acordos e votar, para que os principais protagonistas possam iniciar o trabalho.

“Estamos no início de um tempo decisivo para a União Europeia e, por isso, eu espero que Conselho, Parlamento Europeu e Comissão Europeia possam nos próximos cinco anos trabalhar em cooperação e diálogo permanentes”, sublinha a socialista Ana Catarina Mendes.

Ursula von de Leyen pode ser reeleita esta quinta-feira presidente da Comissão Europeia, mas a votação também pode ser adiada para setembro. Um terceiro cenário: se for chumbada hoje pelo Parlamento Europeu, terá de ser apresentado um novo candidato.

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