Warholm, Benjamin e Alison dos Santos reeditam uma corrida inesquecível

1 mes atrás 80

Há três anos, nos Jogos de Tóquio, o interminável braço-de-ferro entre Warholm e Benjamin produziu um recorde no limite da capacidade humana (45,94 segundos), estabelecido pelo norueguês, que no mês anterior tinha retocado o máximo planetário, fixado norte-americano Kevin Young 29 anos antes.

Benjamin foi segundo classificado, com um tempo (46,17) que teria batido por larga margem o recorde mundial de Warholm à partida para Tóquio2020, enquanto Alison dos Santos foi um distante terceiro, com 46,72, registo ainda assim inferior ao antigo máximo de Young, que era, simultaneamente, recorde olímpico.

Hoje, não será razoável esperar idêntica proeza (a irrepetível prova da capital japonesa proporcionou três recordes continentais e seis nacionais, entre oito atletas), mas Warholm parece determinado em revalidar o título, tendo estabelecido a melhor marca das meias-finais, com 47,67.

Nos 10.000 metros femininos, a neerlandesa Sifan Hassan já não alcançará uma tripla histórica (5.000, 10.000 e maratona), mas poderá conquistar a segunda medalha em Paris, após o bronze na distância mais curta, devendo contar com a oposição da queniana Beatrice Chebet, que bateu o recorde do mundo há apenas dois meses.

Num dia repleto de atletismo, a modalidade rainha dos Jogos, o duelo entre o português Pedro Pichardo, campeão do triplo salto em Tóquio2020, e o espanhol Jordan Díaz, ambos naturais de Cuba, promete animar o estádio olímpico, tal como as estafetas 4x100 metros masculina e feminina.

Apelidado de desporto rei, o futebol reduz-se na arena olímpica a um papel secundário, que, no entanto, não retira o interesse da final masculina, entre a anfitriã França e a Espanha, ambas na expectativa de se sagrarem campeãs pela segunda vez, sucedendo ao bicampeão Brasil.

Ao todo, serão atribuídas hoje 34 medalhas de ouro (o dia mais produtivo de Paris2024 até ao momento), uma das quais poderá ser entregue à argelina Imane Khelif, que disputa o combate decisivo de 66 kg com a chinesa Liu Yang, numa altura em que está no centro da polémica sobre o género no torneio olímpico de boxe.

Ler artigo completo