Washington critica decisão de Hong Kong de proibir canção pró-democracia

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"A decisão de proibir esta música é o mais recente golpe na reputação internacional de uma cidade que anteriormente se orgulhava de ter um sistema judicial independente que protegia a livre troca de informações, ideias e bens", sublinhou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em declarações aos jornalistas.

Um tribunal de recurso atendeu hoje ao pedido do Governo de Hong Kong para proibir uma canção popular de protesto, anulando uma decisão judicial anterior e aprofundando as preocupações sobre a liberdade de expressão.

O Governo central chinês justificou hoje que a proibição da música pelo tribunal de Hong Kong foi uma "medida necessária".

"Impedir que alguém use ou transmita a música em questão (...) é uma medida legítima e necessária tomada por Hong Kong para cumprir a sua responsabilidade de proteger a segurança nacional", disse Lin Jian, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, durante a sua conferência de imprensa regular.

"Glória a Hong Kong" é a primeira música proibida no território desde o regresso da ex-colónia britânica à China, em 1997.

A música, que se tornou o hino do movimento pró-democracia, foi escrita e popularizada durante os protestos de 2019, que levaram milhões de pessoas às ruas para exigir liberdade política.

O Governo de Hong Kong apresentou em junho um pedido para proibir a música. Entretanto, no final de julho, os tribunais rejeitaram o pedido, considerando que a sua proibição levantaria sérias questões sobre a liberdade de expressão.

O Executivo da cidade apresentou um recurso que foi hoje atendido pelo tribunal.

Desde a transferência de Hong Kong para a China pelo Governo britânico, o território tem sido governado segundo o princípio "um país, dois sistemas", que garante a sua separação das estruturas legais e judiciais da China continental.

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