Wenger, Rijkaard, Guardiola: «Se não aprendi nada com eles, sou um burro»

8 meses atrás 69

Se Tirana é um lugar difícil de encontrar, como cantam os GNR, ter o selecionador da Albânia a viver no Porto facilita tudo. Sylvinho, bicampeão europeu pelo Barcelona de Pep Guardiola, escolheu a Foz do Douro para base familiar, um ponto estratégico na sua relação profissional com a seleção balcânica e a ligação emocional a São Paulo. Aos 49 anos, o ex-lateral esquerdo vive os melhores dias na função de treinador, pois qualificou com irrepreensível qualidade a Albânia para o Euro 2024. A entrevista nos estúdios do zerozero passa muito pelos segredos desse sucesso e pela ligação a uma equipa técnica cheia de nomes famosos e à qual não podia faltar um português: Rui Pedro Sousa, analista e ex-colaborador de Sérgio Vieira. 

PARTE I | Herói na Albânia é cidadão do Porto: «A culpa é do mágico Deco»

zerozero - O Sylvinho disputou um Mundial com o Brasil. Pressão mais alta do que essa não há, certamente. Consegue comparar a exigência da «canarinha», mesmo que no papel de adjunto, com a da seleção da Albânia? 

Sylvinho - São projetos diferentes. No Brasil a componente emocional é muito pesada. O nível de exigência sempre foi altíssimo. Tudo o que não seja o Brasil de 70 ou de 82, e essa seleção extraordinária eu já vi, é contestado. Mesmo que a qualidade esteja abaixo, a opinião pública só aceita a vitória e isso tem de ser muito bem gerido. Na Albânia estamos a iniciar um projeto, é outra coisa. Estamos a crescer, mas o nível de responsabilidade é inegociável. O nosso objetivo não pode ser ganhar o Europeu - mas se tivesse de assinar isso agora, assinava (risos). Reconhecemos a nossa dimensão, cresceremos passo a passo, sem fugir da responsabilidade. Acredito, porém, que a experiência que tive na seleção do Brasil foi muito importante no meu crescimento.

Depois da derrota contra a Bélgica do Roberto Martínez... já passei por várias derrotas no futebol. Ganhei bastante, mas perdi muito também e aquele balneário nunca me sairá da memória. Um silêncio absoluto, que nunca tinha visto na minha vida. Mas por muito tempo. E eu depois fui entender... jogadores com 33 anos, que nunca mais teriam aquela oportunidade, enfim. Há muitos aspetos atrás de uma derrota, incluindo essa responsabilidade de chegar a uma final. Há algo de diferente na camisa amarela, sim. 

qFazíamos um pequeno trabalho físico e depois um joguinho de 4x4 ou 5x5. O Messi era arrasador. Driblava, chutava, tirava e tirava, driblava, chutava. Muitos golos, era impossível parar aquele rapaz de 16 anos. Era a visão que tínhamos do Messi e percebíamos que se tratava de uma coisa fora do normal

Sylvinho

zz - Como é que olha para o cenário do futebol brasileiro, tendo estado tantos anos na Europa? 

S - Trabalhei recentemente no futebol brasileiro [Corinthians] e o país continua a criar pérolas. Não é fácil criar sempre um Neymar, um futebolista extraordinário, mas há sempre executantes com grandes valências físicas e sobretudo técnicas. Temos atletas prontos para a Europa e acredito que a Europa continua a ter esse olhar sobre o Brasil. Falar do campeonato é outra coisa. Tem evoluído, mas precisa de outras coisas. Há treinadores estrangeiros a passar no Brasil e a deixar críticas construtivas. Há coisas a melhorar, embora isso também possa ser aplicado à Premier League, a melhor liga do mundo. Todos precisamos de melhorar. Há treinadores estrangeiros a deixar um legado forte no Brasil, mas também brasileiros a fazerem excelentes trabalhos. A competência não tem passaporte. Quem é competente, é competente. 

zz - Sente que no Brasil dão mais crédito aos treinadores de fora? 

S - Não sei se dão mais crédito. Os estrangeiros às vezes são massacrados pelo que dizem. No Brasil, os Media têm uma opinião pesada, o país é populoso, os clubes têm milhões de torcedores. Temos dificuldades que precisam de ser bem resolvidas. Dou um exemplo: porque é que na liga brasileira, que dura apenas sete meses, um atleta é suspenso ao ver o terceiro cartão amarelo? É um detalhe, mas na Europa isso acontece apenas ao quinto amarelo. Isso tira qualidade, obriga o treinador a mudar mais vezes. Não acredito que isso atenue o jogo violento, como alguns dizem. Com o VAR, e todas as imagens, os amarelos hoje são mais de faltas estratégicas e não de faltas violentas. E há mais coisas: relvados, regulamentação, outras coisas. O talento continua a ser extraordinário, há clubes com centros para a formação de grande qualidade. No final dos anos 90, o Cruzeiro e o São Paulo já investiam muito nisso. As infraestruturas são ótimas, o nível dos futebolistas também. 

zz - Crescemos em Portugal com grandes nomes de treinadores brasileiros: Carlos Alberto Silva, Paulo Autuori, Marinho Peres, e muitos mais. Agora não há nenhum na liga portuguesa. Que explicação tem para esta dificuldade de entrada do técnico do Brasil no mercado europeu?

S - Há várias linhas de raciocínio. Eu tenho uma: quando eu jogava no Celta de Vigo, os brasileiros acabavam o treino e iam para casa, almoçavam com os amigos, relaxados e pouco preocupados com a carreira futura. Ao mesmo tempo, o grupo de atletas argentinos do Celta estava a tirar o curso de treinador na Corunha. Iam sempre às quarta-feiras. O [Eduardo] Berizzo, o [Pablo] Cavallero e o Gustavo López. Isso eu vi. Nós só pensávamos no curso depois do fim da carreira de futebolista, quando eles já tinham o curso há muitos anos. As coisas mudaram. A nova geração de brasileiros já está preocupada com a creditação dos cursos europeus, muito mais cedo. Acredito que com o tempo, a curto prazo, vamos começar a ver treinadores brasileiros na Europa. O brasileiro é saudosista, quer voltar ao país e isso também aconteceu comigo. 

Sylvinho durante a conversa com o zerozero @zerozero

zz - Acabou a carreira em Manchester e voltou ao Brasil?

S - Em 2010 íamos morar em Barcelona. A minha esposa já tinha decorado um apartamento todo. E eu, sempre muito enérgico, comecei a pensar no que ia dizer à minha mulher, porque queria voltar ao Brasil. 'Em Barcelona, acordar e olhar para o céu, o que vou fazer lá da minha vida?'. Com muita calma, lá consegui que voltássemos a São Paulo. Era uma característica do brasileiro, mas a nova geração já pensa de forma diferente. 

zz - O Dorival Júnior é o novo selecionador do Brasil. Que opinião tem sobre ele? 

S - É um treinador com décadas de experiência no futebol brasileiro. Conversámos algumas vezes, tem uma visão ótima do futebol, é próximo dos atletas, faz uma boa gestão do grupo. Tem tudo para fazer um grande trabalho na seleção brasileira. É uma pessoa tranquila e isso facilita. 

zz - O Sylvinho foi treinado por Rijkaard, Wenger, Guardiola, Mancini... é difícil perguntar quem foi o melhor deles, mas terá sido influenciado um pouco por todos. 

S - Eu digo sempre assim: 'Se eu não aprendi nada com eles, eu sou um burro'. (risos) Tive grandes professores. No Barcelona, por exemplo, vi o Guardiola com uma energia extraordinária. Foram dos momentos em que mais aprendi. Mas também é importante não perder a autenticidade. Por mais que eu admire esses e outros, como o Mourinho, eu jamais poderei ser o Mourinho. Cada um tem o seu jeito, a sua personalidade. Não podemos perder a nossa essência, isso aprendi logo. O Roberto [Mancini], por exemplo, é um vencedor nato.

Sabe montar equipas. Analisa os jogadores, parece que não está a fazer um grande esforço, vai ao treino e olha, é muito centralizador, 'eu faço as coisas' e tal. As coisas começam a aparecer e perguntamos de onde ele está a tirar tudo aquilo. E depois tem uma proximidade fantástica com os jogadores. Para o bem e... não digo para o mal, mas o Roberto é um treinador que discute com os jogadores dentro do campo. E tem uma coisa extraordinária: pode zangar-se com um jogador num dia, sim, mas no dia a seguir esse jogador já está a ser tratado normalmente e, se tiver de jogar, joga. Não tem ressentimentos, nem rancor. Tem um coração limpo.  

zz - O Roberto Mancini foi um craque também. E com o Guardiola, como foi?

S - Uma descoberta. Os meus olhos táticos passaram a ver coisas que eu não via. E eu já tinha 35 anos. 'Porra, o que é que esse tipo está a dizer? Isso faz todo o sentido'. Sobre os adversários e sobre nós. E também tive uma experiência fantástica na seleção do Brasil, com o Tite. É uma pessoa extremamente competente e os números mostram isso. Depois, obviamente, se não és campeão... mas os dados são evidentes. A média de golos sofridos e marcados, enfim. 'Mas só ganhou a Copa América'. No Brasil temos um julgamento muito pesado, forte. Estou a falar do Tite, mas permitam-me mudar de assunto.

Eu sou de São Paulo, mas quando eu ligava a televisão para ver o Mundial de 82, aquele Brasil maravilhoso, ao lado do meu pai, eu venerava o Zico. E mesmo o Zico, depois de falhar um penálti decisivo, passou a ser uma persona non grata. E eu não admitia isso. 'O Zico é o Zico, pode falhar o penálti que quiser'. E com isso volto ao Tite, uma pessoa muito trabalhadora, trabalha das sete da manhã às sete da noite e mais um pouco se for preciso. Exige muito da equipa técnica, talvez eu tenha absorvido isso dele [e aponta para Rui Pedro Sousa, o português analista do seu staff]. E vai piorar, Rui! Eu costumo dizer-lhes assim: 'se eu estou preocupado, vocês têm de estar preocupados e se eu não vou dormir, vocês não podem ir dormir'. Aprendi muito com esses homens todos, mas a autenticidade não pode ficar pelo caminho. 

Sylvinho treinou o Corinthians em 2022 @Rodrigo Coca/ Corinthians

«No Camp Nou parecia que jogávamos a descer»

zz - Nunca jogou em Portugal. Nunca teve um convite para jogar cá? E qual era a sua visão da liga portuguesa, a partir do Brasil e, mais tarde, a partir de Inglaterra e de Espanha?

S - Não. Nunca tive. A minha geração é a seguinte àquela que saiu para a Serie A italiana. Depois do Mundial de 1986. As transmissões televisivas que davam no Brasil eram da Serie A e eu cresci com isso, cresci com esse sonho de também jogar lá. Em Portugal... não me lembro de nenhum convite. Mas joguei perto, em Vigo, e fizemos muitos jogos de teste contra equipas portuguesas. FC Porto, SC Braga, lembro-me que nos jogos saíam 'faíscas'. Vi que era um futebol viril, jogado com vitalidade e eu não sabia que era assim. Descobri isso em 2002, 2003. Percebi que os jogos em Portugal eram duros. Bons campos, bons estádios e muito forte o ritmo. 

zz - Onde é que gostou mais de jogar, em Inglaterra ou em Espanha? 

S - Campeonatos muto diferentes. Fico com Espanha, pelos cinco anos no Barcelona. É que não foram só cinco anos, foram cinco anos a ganhar. Isso faz a diferença. Passar por um clube deste nível e ganhar só uma liga, as coisas passam. Não foi o meu caso. Ganhámos três campeonatos, uma Taça do Rei e duas Ligas dos Campeões. É bastante e isso marca muito. Desfrutei muito da liga espanhola, a equipa era muito forte. No Camp Nou parecia que jogávamos a descer (risos). 

zz - Mesmo que tenha partilhado o balneário com Bergkamp, Suker, Henry e Boa Morte no Arsenal. 

S - Para mim foi extraordinário jogar nesse Arsenal. Era uma equipa muito forte, montada por um gestor fantástico, dom Arsène Wenger. Os balneários eram novos, a estrear naquele ano. Era impressionante a forma como ele geria a equipa. Aprendi muito, principalmente a defender. Eu era um lateral ofensivo, habituado a atacar e ali mudei muito. Mais contacto, mais força, chuva, aprendi a ser mais viril e competitivo sem bola. Digo muito aos meus atletas: 'ter prazer em roubar a bola'. Todos são responsáveis por essa parte, da defesa aos avançados. 

zz - O Rúben Dias dizia-nos que o mais importante num defesa, segundo o Guardiola, é saber defender. 

S - É a primeira vez que vou dizer isto: o que o Pep faz hoje, já fazia connosco em 2009 e antes, estimular o prazer de recuperar a bola. O treinador tem de estimular um atleta para esse tipo de ações e depois, claro, impor a sua metodologia. O que cai da mesa nós apanhamos. Um génio, sim, mas se ele não tivesse cuidado com a parte defensiva, claro que sofreria mais golos. 

zz - Aos 27 anos trocou o Arsenal pelo Celta de Vigo, um clube mais pequeno. Porquê? 

S - Tive sempre o desejo de jogar em Espanha. Demorei seis meses a adaptar-me a Inglaterra, é verdade, e depois tive um ano ótimo. Até que apareceu o Ashley Cole para disputar o lugar comigo. Começámos a dividir a titularidade e eu pensei que já tinha 27 anos e se queria ir a um Mundial... bem, eu estava errado (risos), porque tivemos no Brasil atletas ótimos para as laterais. O Roberto Carlos e o Cafu estavam muito por cima. Pensei assim: 'bom, já que aqui eu vou dividir o lugar, prefiro jogar numa liga que me atraia'. O Celta jogava um ótimo futebol e estava muito bem organizado. Poderia ser uma grande saída para mim e foi. Achei que seria uma liga mais simples, embora não tivesse sido assim. Era um campeonato complexo. Mas a minha última etapa como futebolista, no Barcelona e aos 30 anos, veio na altura certa. Para alguns é tarde, mas o meu processo em dez anos foi correto. Eu cheguei ao Barcelona muito maduro, com outro entendimento e lá também dividi a posição na lateral, com o Giovanni van Bronckhorst. Mas eu já estava mais formado como homem, com atleta e sempre à disposição do treinador, para dar o meu melhor. 

zz - E jogou no Barcelona do Pep Guardiola, uma das melhores equipas da história do futebol. Como é que reage, a esta distância, ao pensar nisso? 

S - Concordo, esse Barcelona foi marcante. Posso falar também do Milan do Arrigo Sacchi. Se bem me lembro, era uma equipa que não permitia nada ao adversário. E tinha Van Basten, Gullit, Rijkaard, Costacurta, Maldini, Baresi, a tal Serie A italiana que passava no Brasil. Fiquei também com o Napoli do Maradona, Careca, Alemão na cabeça. E o Brasil-82... Sócrates, Falcão, Cerezo, Zico, Júnior, pfffff, era incrível. Falo com o Júnior de vez em quando, o maestro, e uma vez em Itália estive com o Toninho Cerezo. Acho que em Florença. 'Ao seu lado não me sinto jogador', disse-lhe isso. Tinha uma técnica impressionante, entendimento de jogo, forte, um nível alto. É difícil comparar, mas acho que o meu Barcelona deve estar no lote destas melhores equipas de sempre. Será sempre injusto preferir uma ou outra. 

Sylvinho esteve num jogo de glórias no Dragão em 2014 @Catarina Morais

zz - Por falar em injustiça, sentiu-se injustiçado ao não ser chamado por Zagallo e Scolari aos Mundiais de 1998 e 2002? 

S - Injustiçado? (pausa) Não, de forma alguma. Reconheço os meus limites. Não, não, nós estávamos muito bem representados na minha posição, basta lembrar os nomes que lá jogaram de 2000 até 2006. Na verdade, nunca faltaram laterais esquerdos ao Brasil. Tivemos sempre atletas fortíssimos para a minha posição. Aliás, no nosso Brasil-2018 tivemos o Marcelo e o Filipe Luís. Vê-los treinar e jogar era maravilhoso, atletas tecnicamente fora de série. Em relação a isso estou tranquilo. Hesitei na resposta porque queria entender bem a pergunta (risos). 

zz - A sua entrada no Barcelona coincide com o aparecimento do Lionel Messi. Quando viu aquele menino a tocar a bola percebeu que estava ali um jogador de elite? 

S - Vocês estudaram bem a minha história (risos). Hoje é fácil dizer que sim, que era um jogador genial já nessa altura. Mas vou contar uma história. Eu falava muito com o Deco, o Ronaldinho Gaúcho, o Edmilson, o grupo de brasileiros, e dizíamos entre nós: 'este menino é fora da curva'. O que mais me marcava era ver aquele rapaz de 16 anos [17] a fazer o que fazia. Em alguns treinos, com os jogadores que não iam para o jogo, ficávamos oito ou dez no treino. Fazíamos um pequeno trabalho físico e depois um joguinho de 4x4 ou 5x5. Ele era arrasador. Driblava, chutava, tirava e tirava, driblava, chutava. Muitos golos, era impossível parar aquele rapaz de 16 anos. Era a visão que tínhamos do Messi e percebíamos que se tratava de uma coisa fora do normal. 

zz - Entre vocês, brasileiros, o que diziam desse rapazinho [Messi] em privado? 

S - Na realidade, o começo do Messi foi muito bonito. Ele era muito próximo de nós e sempre reconheceu essa amizade, pela ligação que tínhamos. Aliás, essa ligação é atual. Era mesmo uma relação muito boa, até o pai dele, o Jorge, me diz isso quando nos encontramos. Eu aprendi a falar espanhol [castelhano] com o Nelson Vivas no Arsenal. Creio que ele agora é adjunto do Simeone no Atlético. Lateral duro, caceteiro. E fiquei com o sotaque argentino. Então, quando cheguei a Espanha e falava assim, as pessoas pensavam que eu era argentino. Por isso também me aproximei naturalmente do Messi. Ele tinha uma admiração enorme pelo Deco e o Ronaldinho. E ele começou a sentar-se à nossa mesa. O Rafa Marquez [mexicano] também, podemos dizer que nós adotámos o Messi. É a verdade. Desenvolveu-se rapidamente, ganhou a titularidade rapidamente, infelizmente ele teve uma lesão e não jogou a final de Champions de 2006. Não quero compará-los, mas senti algo parecido ao ver o Neymar a primeira vez no Santos. Depois, claro, não sabemos onde vão parar. 

zz - Ficámos surpreendidos ao constatarmos que só fez seis jogos pela seleção do Brasil. Mas esteve na Gold Cup com o falecido Mário Zagallo. O que nos pode contar sobre o Velho Lobo, recentemente falecido? 

S - Estive pouco tempo com ele. Passei a admirá-lo com o tempo. Em 2018 ele fez-nos uma visita na Granja Comary, antes do Mundial. Chegou com o filho, já muito debilitado, e fiquei impressionado com a coragem dele. Contou-nos histórias, passou-nos experiências, histórias lindas. Conversámos muito. Estava limitado, mas muito lúcido. O país foi muito pesado com ele nas críticas, mas o Brasil é assim. Ser campeão do mundo é uma obrigação. É uma personagem única e fiquei com uma imagem maravilhosa dele. Marcou-me muito. Aceitou estar connosco, mesmo já bastante doente. Uma figura eterna, um ícone. Poucos fizeram o que ele fez. 

Brasil

Sylvinho

NomeSylvio Mendes Campos Júnior

Nascimento/Idade1974-04-12(49 anos)

Nacionalidade

Brasil

Brasil

Dupla Nacionalidade

Espanha

Espanha

PosiçãoDefesa (Defesa Esquerdo)

FC Porto 2004 v Barcelona 2006 (Amigável)

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