Os tempos recentes não estão a ser muito fáceis para o Barcelona e o futuro de Xavi Hernández, fruto das derrotas contra Girona (2-4) e Royal Antwerp (3-2), foi colocado em causa. Em conferência de imprensa, de antevisão ao duelo contra o Valencia, o antigo futebolista defendeu-se, tecendo algumas críticas e desmentindo rumores avançados nos últimos tempos. «Há um mês diziam-me que eu era o [Alex] Ferguson do Barça. Tu dizias-me [n.d.r apontando para um jornalista]. Agora vou para o olho da rua. Vou ficar maluco, não sei em que ponto estamos. O clube precisa de estabilidade. Somos um projeto vencedor, está demonstrado, somos os atuais campeões da Liga e da Supertaça. Mas sabemos que o futebol não tem memória. Quando eu digo que o projeto está em construção é isso, vão existir percalços para voltarmos a contornar. Mas se ao primeiro solavanco entrarmos numa depressão profunda, isto não vai arrancar. Precisamos de estabilidade numa era pós-Messi, o que é muito complicado», salientou. Sobre o alegado «excesso de folgas» e da intromissão do presidente Laporta na convocatória para o jogo em Antuérpia, Xavi falou em «irrealidade»: «Estava a criar uma tensão desnecessária. Estamos na corrida por quatro títulos, essa é a realidade.» Por fim, sobre o mau momento, o jovem treinador recordou os jogos contra o FC Porto, embora reforçando a exigência: «Temos de exigir mais de nós mesmos, primeiro de mim como treinador e depois dos jogadores. Temos feito coisas boas. Há três jogos fizemos um excelente jogo contra o Atlético, o melhor da minha época como treinador. E contra o FC Porto fomos notáveis. Precisamos de consistência. Tenho uma grande relação com o presidente, com O Deco [diretor desportivo], acredito mais do que nunca no projeto.» O jogo entre Valencia e Barcelona está marcado para este sábado, às 20h00, no Mestalla.